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Ações da Puma disparam 16% após gigante chinesa avaliar compra da marca

A Anta Sports Products está entre as empresas interessadas em uma possível oferta pela marca alemã

Puma: antes da disparada, os papéis da empresa acumulavam queda de 62% no ano (Alexander Shapovalov/Getty Images)

Puma: antes da disparada, os papéis da empresa acumulavam queda de 62% no ano (Alexander Shapovalov/Getty Images)

Publicado em 27 de novembro de 2025 às 09h34.

As ações da Puma dispararam até 16% nesta quinta-feira, 27, depois que uma reportagem da Bloomberg divulgou que a chinesa Anta Sports Products está entre as empresas interessadas em uma possível oferta pela marca alemã. Segundo a agência, a Anta já trabalha com um assessor financeiro para avaliar um lance.

A Bloomberg afirma que a gigante chinesa, dona de marcas como Fila e Jack Wolfskin, pode formar um consórcio com uma gestora de private equity caso avance nas negociações. A empresa tem valor de mercado de US$ 31 bilhões e, em 2019, liderou o grupo que adquiriu a Amer Sports por US$ 5,2 bilhões.

A disputa pela Puma

Outros potenciais compradores também analisam a aquisição da Puma. De acordo com a Bloomberg, a chinesa Li Ning discute opções de financiamento com bancos, enquanto a japonesa Asics surge como outra interessada na mar alemã.

As conversas ainda são iniciais e não há definição sobre quais empresas devem apresentar propostas formais.

Um ponto sensível, segundo a agência, é a expectativa de valuation da Puma pela família Pinault, que controla 29% da Puma via a holding Artémis. Em setembro, François-Henri Pinault disse que a participação é “interessante”, mas “não estratégica”, mantendo as possibilidades em aberto.

Ações da Puma voltam a respirar

Antes da disparada desta quinta-feira, os papéis da Puma acumulavam queda de 62% no ano em Frankfurt, reduzindo o valor de mercado da companhia para € 2,5 bilhões (R$ 15,5 bilhões).

No mesmo período, a Anta avançou 10% na Bolsa de Hong Kong, enquanto a Li Ning soma alta próxima de 8% em 2025.

Puma passa por uma ampla reestruturação sob o comando do CEO Arthur Hoeld. No mês passado, a companhia informou que cortará mais 900 vagas e reforçará o foco em corrida, futebol e treinamento.

Fundada em 1948, a Puma registrou € 281,6 milhões de lucro líquido no ano passado e € 8,8 bilhões em vendas. Entre seus principais patrocínios estão o Manchester City, a seleção de Portugal e a equipe masculina de handebol da Dinamarca.

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