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Ações Hoje: Deutsche Bank eleva preço-alvo para BR Foods

Confira também recomendações para Petrobras, M.Dias Branco e Energias do Brasil

“O resultado do primeiro trimestre ficou acima do consenso, mas nos mantemos cautelosos sobre o valuation e por conta do Cade", explicam os analistas (Joel Rocha/EXAME.com)

“O resultado do primeiro trimestre ficou acima do consenso, mas nos mantemos cautelosos sobre o valuation e por conta do Cade", explicam os analistas (Joel Rocha/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 18h33.

São Paulo – Aqui está o que se comenta no mercado hoje:

1 - Deutsche Bank eleva preço-alvo para Brasil Foods

O banco alemão elevou hoje as estimativas para a Brasil Foods (BRFS3) para incorporar os resultados do primeiro trimestre e as novas projeções para a taxa de câmbio. O preço-alvo foi elevado em 16%, para 32,50 reais. O valor representa um potencial de valorização de 9,3% em relação ao fechamento desta segunda-feira.

A empresa encerrou o primeiro trimestre de 2011 com lucro líquido de 383 milhões de reais. O valor é 527% superior ao do primeiro trimestre de 2011. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi de 816,4 milhões de reais, a margem foi de 13,6%.

“O resultado do primeiro trimestre ficou acima do consenso, mas nos mantemos cautelosos sobre o valuation e por conta do Cade”, afirmam os analistas Jose Yordan e Rebeca Sanchez Sarmiento. Segundo eles, considerando o rali das ações antes da publicação dos resultados, o potencial de valorização é limitado aos níveis atuais, o que mantém a recomendação dos papéis em manutenção.

2 - Petrobras avança após resultados

As ações da Petrobras, quinta maior petrolífera do mundo por valor de mercado, fecharam em alta nesta segunda-feira (16) após a companhia ter revelado um lucro líquido recorde de 10,99 bilhões de reais, ou 0,84 real por ação, durante o primeiro trimestre de 2011, superando as previsões dos analistas.

Os papéis ordinários (PETR3) atingiram 26,96 reais, uma alta de 2,12%. Os preferenciais (PETR4) avançaram para 23,91 reais, uma valorização de 1,65%. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou o dia em baixa de 0,64%, aos 62.829 pontos.

“As ações têm tido um desempenho pior que o mercado, então pode haver uma retomada”, opinou Eric Conrads, chefe de análise para América Latina do ING Investment Management. Segundo ele, “os papéis da petrolífera estão muito vendidos levando em conta o cenário brasileiro”, disse ele em entrevista à Bloomberg.

3 - Planner inicia cobertura de M.Dias Branco

Definida com uma estrutura composta por marcas fortes e rentabilidade acima da média do setor, a M.Dias Branco (MDIA3) ganhou recomendação de compra na relatório de início de cobertura divulgado nesta segunda-feira (16) pela corretora Planner.

O preço-alvo projetado às ações ordinárias da fabricante de massas e biscoitos é de 52,15 reais, um potencial de valorização de 27%. Para o analista Henrique Ribas, a empresa se beneficia da capacidade de repasse de preços de suas marcas e da maior competitividade em custo da estrutura operacional verticalizada. “Sua maior penetração em mercados mais rentáveis, como o pequeno varejo, também contribui para a maximização das margens”, avalia Ribas.

4 - Oferta de ações derruba papéis da Energias do Brasil

A Energias do Brasil (ENBR3) teve a maior queda em mais de um ano na BM&FBovespa depois que sua controladora (EDP) disse ter planos de vender uma participação de até 14 por cento na subsidiária brasileira.

A maior geradora de energia elétrica de Portugal disse em comunicado que decidiu iniciar um processo para a potencial venda de ações de até 14 por cento de participação na EDP-Energias do Brasil. “A oferta da EDP provavelmente vai pesar na Energias do Brasil,” escreveu Sandra L. Boente, analista do Deutsche Bank AG em Nova York, em nota a clientes hoje. “Isso tem sido um risco sobre o papel da EDB por um tempo.”

O Deutsche Bank reiterou sua classificação de “compra” para Energias do Brasil. “Nós gostamos dos fundamentos da companhia e acreditamos que há espaço para uma apreciação de longo prazo das ações.”

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