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Alemanha desbanca Japão após 34 anos e assume liderança como maior credor do mundo

Mesmo com recorde, país asiático foi superado após 34 anos no topo do ranking mundial

Japão: país perde o posto de maior credor do mundo. (Noriko Hayashi/Bloomberg) (Thomas Trutschel/Getty Images)

Japão: país perde o posto de maior credor do mundo. (Noriko Hayashi/Bloomberg) (Thomas Trutschel/Getty Images)

Estela Marconi
Estela Marconi

Freelancer

Publicado em 27 de maio de 2025 às 06h07.

Pela primeira vez em 34 anos, o Japão perdeu o posto de maior credor do globo, sendo superado pela Alemanha. 

Os ativos externos do Japão chegaram a ¥ 533,05 trilhões (US$ 3,7 trilhões) no final de 2024, um aumento de cerca de 13% em relação ao ano anterior, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira, 27, pelo Ministério das Finanças do país.

Mesmo atingindo um recorde de dinheiro investido no exterior, o país europeu assumiu o posto, com ativos somando US$ 3,9 trilhões.

A China, que se manteve em terceiro lugar, registrou cerca de US$ 3,69 trilhões.

O Japão havia ultrapassado a Alemanha em 1991. 

Alemanha chega no topo

A Alemanha assumiu a liderança graças a um grande superávit em conta-corrente, que chegou a cerca de US$ 273,5 bilhões em 2024, impulsionado principalmente pelas exportações. Já o Japão teve um superávit estimado em US$ 209 bilhões, segundo o Ministério das Finanças. 

Considerando uma valorização do euro de 5% em relação ao iene no último ano, os ativos alemães acabaram ganhando ainda mais peso, o que ajudou a ampliar a vantagem no ranking global.

O Ministro das Finanças, Katsunobu Kato, afirmou que não está preocupado com a mudança: “Considerando que os ativos externos líquidos do Japão também vêm aumentando constantemente, a classificação por si só não deve ser interpretada como uma mudança significativa na posição do país”.

Em 2024, empresas japonesas demonstraram interesse por investimentos diretos no exterior, principalmente nos Estados Unidos e no Reino Unido. Os setores mais atrativos foram seguros, varejo e finanças. 

Esse aumento do foco japonês em investimentos diretos, ao invés de títulos estrangeiros, deixou ainda mais difícil a repatriação dos recursos de maneira rápida. 

“É fácil imaginar investidores japoneses vendendo títulos estrangeiros quando surgem riscos, mas não vão se desfazer tão facilmente de empresas no exterior que já adquiriram”, disse Karakama. 

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