A moeda americana chegou a R$ 5,60, mas fechou o dia em queda de 0,26% (Designed by/Freepik)
Redação Exame
Publicado em 17 de julho de 2025 às 17h11.
Última atualização em 17 de julho de 2025 às 17h27.
Após iniciar o dia em alta, o dólar fechou arrefeceu e fechou a quinta-feira, 17, em queda de 0,26%, cotado a R$ 5,547, após chegar a R$ 5,609. O mercado reagia à decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, de retomar a vigência de grande parte do decreto do governo sobre o IOF na noite de quarta.
A decisão veio após a audiência de reconciliação promovida pelo STF na entre representantes do Executivo e do Legislativo terminar sem acordo, com os dois lados optando por aguardar o veredicto do ministro. Moraes determinou que continue suspenso apenas o trecho que aumentou o IOF sobre o chamado risco sacado.
“O real começou pressionado pela decisão sobre o IOF, mas ao longo da sessão a moeda brasileira começou a descolar do desempenho global do dólar, influenciado pelo bom desempenho das commodities, mas também influenciado pelo leilão de NTN-F, o papel de gringo, além da rolagem de contratos de swaps por parte do banco central”, explica André Valério, economista sênior do Inter.
Por aqui, além da questão do imposto, prevalece a incerteza em relação à ameaça do presidente Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. O mercado continua no aguardo de mais detalhes sobre a resposta do governo do Brasil.
O presidente Lula gravou um pronunciamento que será veiculado em cadeia nacional de rádio e televisão à noite, em resposta direta a Trump. Em manifestações recentes, o petista tem dito que o Brasil aceita negociar tarifas com os americanos, mas acrescenta que o país não aceitará interferência externa e está pronto para usar a lei da reciprocidade econômica — e até recorrer à Organização Mundial de Comércio.
Lá fora, ao longo do dia, números mostraram que as vendas no varejo dos Estados Unidos cresceram bem mais do que o esperado em junho. Outro relatório, esse focado em trabalho, informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram para 221 mil na semana encerrada em 12 de julho, ante 228 mil pedidos na semana anterior e projeção de aumento para 235 mil. Com os resultados fortes, há a percepção de que o Federal Reserve terá menos espaço para cortar a taxa de juros ainda neste ano.
O dólar à vista é o valor negociado no mercado de câmbio para liquidação imediata, geralmente em até dois dias úteis. Esse tipo de câmbio é amplamente utilizado por empresas e instituições financeiras em operações de curto prazo, oferecendo uma cotação com base no valor real de mercado no momento da transação.
O dólar futuro é uma cotação projetada para contratos de compra e venda de dólares a serem liquidados em datas futuras. Esse tipo de dólar é negociado na Bolsa de Valores, permitindo que empresas e investidores se protejam contra a volatilidade cambial. A cotação do dólar futuro pode variar bastante, pois leva em consideração as expectativas do mercado sobre a economia.