São Paulo - Apesar dos indicadores ruins divulgados pela manhã na Europa, os mercados de ações no exterior sustentavam ganhos, em meio à expectativa com a divulgação do relatório de emprego (payroll) nos Estados Unidos. Quando os números efetivamente saíram, os índices futuros norte-americanos e as bolsas europeias ampliaram os ganhos, com os investidores satisfeitos com os resultados. Este cenário trouxe fortes ganhos para a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no início da sessão. Em menos de 5 minutos, o Ibovespa à vista recuperou os 59 mil pontos.

Às 10h14 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 1,09%, aos 59.094 pontos. Em Nova York, o S&P futuro avançava 0,52% e o Nasdaq futuro tinha alta de 0,57%. Na Europa, Londres avançava 0,82%, Paris tinha alta de 1,56%, Frankfurt subia 1,16% e Madri tinha ganho de 1,26%.

O Departamento do Trabalho dos EUA informou que foram gerados 114 postos de trabalho no país em setembro, um resultado levemente abaixo dos 118 mil postos projetados por economistas e acima dos 96 mil de agosto. Já a taxa de desemprego ficou em 7,4% em setembro, ante a previsão de 8,1% dos economistas e os mesmos 8,1% registrados em agosto. Após os dados, os índices futuros de Nova York e o Ibovespa futuro, que já subiam, ampliaram os ganhos.

"O payroll veio bom e a Bovespa abre em alta. As bolsas da Europa também estão subindo e vão ajudar a dar fôlego aos negócios no Brasil", comentou um operador ouvido pela Agência Estado. O fato de a Bovespa ter registrado perdas nas últimas três sessões (de 1,87%) também deve contribuir para o movimento. "O S%P futuro mostra volatilidade, mas com ganho, o que deve fazer o Ibovespa oscilar também, mas desta vez em alta", acrescentou o profissional.

Conforme a Um Investimentos, o Ibovespa à vista possui média móvel de 200 períodos nos 59.740 pontos e, depois disso, um importante ponto de resistência nos 62.000 pontos. Do lado da baixa, o suporte está nos 57.600 pontos.

Mais cedo, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do ano anterior, foi revisado para queda de 0,9%, ante recuo de 0,5% originalmente informado. Já as encomendas para o setor manufatureiro alemão caíram 1,3% em agosto, superando o recuo de 0,5% esperado. Apesar disso, a Europa seguia sob a influência do payroll americano, com ganhos consistentes.