Trump já pediu que a Apple fabricasse seus produtos nos EUA ( Cheng Xin/Getty Images)
Repórter
Publicado em 14 de abril de 2025 às 20h36.
Última atualização em 14 de abril de 2025 às 20h51.
As ações da Apple subiram mais de 2% nesta segunda-feira, elevando o valor de mercado da empresa para mais de US$ 3 trilhões. Com isso, a empresa tornou-se novamente a mais valiosa de capital aberto.
Os investidores enxergaram um certo alívio com o anúncio de Donald Trump na sexta-feira de isentar das tarifas telefones, computadores e chips, setores fundamentais para a empresa de Cupertino, já que a maioria de seus iPhones, iPads e MacBooks é fabricada na China e em outros países asiáticos. Trump já pediu que a Apple fabricasse seus produtos nos EUA.
Membros do governo do republicano disseram no final de semana que as isenções eram temporárias e que poderiam voltar "em até dois meses".
"Eu falo com Tim Cook. Eu ajudei Tim Cook recentemente e todo esse negócio", disse Trump na segunda-feira em um briefing com repórteres no Salão Oval, referindo-se ao CEO da Apple. "Não quero magoar ninguém, mas o resultado final é que chegaremos à posição de grandeza para o nosso país", falou o presidente dos EUA.
A incerteza sobre o futuro da economia mundial ajuda a explicar o desempenho discreto da empresa nos últimos dias. Somente no dia 3 deste mês, a empresa chegou a perder US$ 250 bilhões em valor de mercado.
As ações ainda acumulam queda de quase 9% em abril depois de caírem mais de 8% em março. A queda de 11% no primeiro trimestre foi o pior desempenho da Apple desde 2023.
A empresa caiu abaixo da marca de US$ 3 trilhões em 4 de abril, dois dias depois de Trump anunciar "tarifas recíprocas" que iriam impor taxas significativos à China e aos países onde a empresa fabrica.
As ações subiram na semana passada depois que Trump anunciou que seu governo reduziria as novas tarifas para 10% sobre as importações de outros países além da China, que enfrentariam tarifas de até 145%. A pausa vai durar 90 dias.