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Audi congela envios aos EUA após tarifaço de Trump e deixa carros retidos em portos

O estoque da marca Volkswagen nos Estados Unidos é de cerca de 37 mil veículos, o suficiente para aproximadamente dois meses de vendas

Audi: Audi suspendeu os embarques de novos veículos para os Estados Unidos desde o dia 2 de abril ( Daniel Löb/picture alliance /Getty Images)

Audi: Audi suspendeu os embarques de novos veículos para os Estados Unidos desde o dia 2 de abril ( Daniel Löb/picture alliance /Getty Images)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 7 de abril de 2025 às 09h44.

A Audi, marca do grupo alemão Volkswagen, está mantendo veículos retidos nos portos dos Estados Unidos desde 2 de abril, quando o presidente Donald Trump anunciou uma tarifa de 25% sobre automóveis importados. Segundo a Reuters, a decisão faz parte de uma corrida das montadoras para entender os impactos das novas taxas nas operações comerciais.

De acordo com a montadora, o estoque da marca Volkswagen nos Estados Unidos é de cerca de 37 mil veículos, o suficiente para aproximadamente dois meses de vendas. O congelamento atinge diretamente a Audi, cujos principais modelos vendidos no mercado americano são importados, como o utilitário esportivo Q5, produzido no México, e outras linhas vindas da Europa.

Segundo um memorando enviado aos concessionários e divulgado inicialmente pela publicação especializada Automotive News, a Audi suspendeu os embarques de novos veículos para os Estados Unidos desde o dia 2 de abril, sem previsão de retomada.

Estoques aliviam pressão inicial, mas montadoras buscam solução de longo prazo

Em média, as montadoras que atuam nos Estados Unidos possuem estoques equivalentes a pouco menos de três meses de vendas, segundo dados da empresa de serviços automotivos Cox Automotive. Isso oferece um breve respiro enquanto desenvolvem estratégias para mitigar o impacto tarifário.

Executivos do setor automotivo devem se reunir ainda nesta segunda-feira, 7, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para discutir uma resposta coordenada às tarifas. O anúncio das tarifas contribuiu para a queda das ações europeias a mínimos não vistos há 16 meses, em meio a temores de aumento de preços, retração da demanda e risco de recessão global.

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