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Balanço do GPA, queda no petróleo: o que move o mercado

Nesta manhã, os preços do petróleo caem mais de 3% após oito países da Opep+ anunciarem fortes aumentos na produção

 (Germano Lüders/Exame)

(Germano Lüders/Exame)

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 5 de maio de 2025 às 07h52.

O mercado financeiro inicia a semana em modo de atenção nesta segunda-feira, 5, diante de uma combinação de fatores que reacendem a cautela dos investidores globais. A queda dos preços do petróleo, novos ruídos políticos nos Estados Unidos e a expectativa por decisões de juros nos próximos dias influenciam o preço dos ativos.

Nesta manhã, os preços do petróleo caem mais de 3% após oito países da Opep+ anunciarem fortes aumentos na produção.

No front político, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no domingo a imposição de uma tarifa de 100% sobre todos os filmes produzidos fora do país. Segundo ele, a medida visa proteger a indústria cinematográfica norte-americana, que estaria sofrendo com incentivos estrangeiros.

No final de semana, Trump voltou a pressionar publicamente por uma redução nos juros, hoje entre 5,25% e 5,50%, embora tenha negado qualquer intenção de demitir o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. “Ele deveria baixá-las, mas prefere não fazer isso porque não é meu fã”, disse à NBC News.

As declarações ocorrem às vésperas da reunião do Fed, marcada para quarta-feira, 7. No Brasil, a Super Quarta também será marcada por decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve elevar a Selic em 0,5 ponto percentual, para 14,75% ao ano. A avaliação é quase consensual após o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, deixar claro em eventos recentes que o cenário ainda exige cautela.

Na temporada de balanços, o foco se volta para os resultados do primeiro trimestre de GPA, BB Seguridade e TIM Brasil, que serão divulgados após o fechamento do pregão. Lá fora, o destaque é o balanço da Ford.

A agenda do dia tem ainda a divulgação de indicadores como o IPC-S da FGV (8h), além do Boletim Focus (8h25). Nos EUA, os destaques são os PMIs de serviços (10h45) e o ISM do setor de serviços (11h), ambos de abril. À noite, saem os PMIs oficiais da China (22h45).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa da conferência do Milken Institute, na Califórnia, e se reúne com executivos da Nvidia, Google e Amazon.

Mercados internacionais

As bolsas internacionais operam com liquidez reduzida nesta segunda-feira, 5, devido a feriados no Reino Unido, no Japão, na China, em Hong Kong e na Coreia do Sul.

Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 caiu 0,97% após a reeleição de Anthony Albanese como premiê — a primeira reeleição consecutiva em 21 anos. Em Taiwan, o Taiex recuou 1,23%, enquanto na Índia, o Nifty 50 subiu 0,47% e o Sensex avançou 0,37%.

Na Europa, os mercados começaram a semana de forma mista: o DAX alemão subia 0,39%, o FTSE MIB italiano operava estável, e o francês CAC 40 caía 0,55%. O destaque ficou com o Erste Group, que subia 6,5% após adquirir quase metade das operações polonesas do Santander. Já as ações da Shell recuavam 1,7% após rumores de uma possível aquisição da BP.

Nos Estados Unidos, os futuros de Wall Street caem: o S&P 500 recuava 0,8%, o Dow Jones, 0,7%, e o Nasdaq 100, 0,9%.

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