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Bancos devem reduzir posição vendida gradualmente, diz analista

Dólar abre em alta reagindo ao anúncio da medida prudencial do Banco Central

Alexandre Tombini, presidente do BC: instituições financeiras terão 90 dias para se adequar à nova regra (Divulgação/Ordem dos Economistas do Brasil)

Alexandre Tombini, presidente do BC: instituições financeiras terão 90 dias para se adequar à nova regra (Divulgação/Ordem dos Economistas do Brasil)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2011 às 09h16.

São Paulo - Os bancos deverão reduzir gradualmente a posição vendida em dólar após o Banco Central criar, nesta manhã, a exigência de compulsório para os recursos alocados nesta posição como forma de conter a pressão sobre o dólar no país, avalia o economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho.

O BC irá recolher sob a forma de depósito compulsório, 60% sobre o valor da posição de câmbio vendida que exceder o menor dos seguintes valores: US$ 3 bilhões ou o patrimônio de referência (PR).  As instituições financeiras terão 90 dias para se adequar à nova regra. 

A nota oficial do Banco Central justifica a exigência do compulsório como medida de ajuste nas posições vendidas em caráter prudencial. Segundo a autoridade monetária, a mudança aperfeiçoa os instrumentos de regulação existentes e contribui para manter a estabilidade do sistema financeiro nacional.

“Os bancos aumentaram sua posição vendida de US$ 12,689 bilhões em novembro para US$ 16,783 bilhões no final de dez-2010, mas a criação do compulsório de 60% sobre a posição vendida deverá levar os bancos a comprarem dólar e reduzirem gradualmente a posição vendida”, afirma Eduardo Velho, em relatório publicado hoje.

A reação dos investidores à adoção da medida levou o dólar a abrir em alta nesta quinta-feira. Às 9h43, o dólar era vendido a 1,680 real, em alta de 0,30%.

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