BB: Banco viu seu lucro despencar mais de 60% no segundo trimestre de 2025 (Arquivo/Agência Brasil)
Redação Exame
Publicado em 15 de agosto de 2025 às 13h49.
Última atualização em 15 de agosto de 2025 às 13h51.
O segundo trimestre de 2025 reforçou a distância entre os grandes bancos privados listados na B3 e o Banco do Brasil. Enquanto Itaú Unibanco, Bradesco, BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da Exame) e Santander Brasil entregaram crescimento robusto e, em alguns casos, recordes, o BB amargou uma queda histórica de lucro, que tirou sua medalha de prata no ranking dos maiores ganhos do setor.
O lucro somado dos cinco maiores bancos brasileiros de capital aberto foi de R$ 27,98 bilhões, queda de 5,6% em relação ao mesmo período de 2024, de acordo com a consultoria Elos Ayta. O recuo, no entanto, veio quase exclusivamente da retração de 66,1% nos ganhos do Banco do Brasil, que registrou R$ 3,03 bilhões – seu pior resultado desde 2018. Sem esse efeito, o retrato seria de mais um trimestre de expansão consolidada.
O recuo do BB é ainda mais acentuado dada a base de comparação. No segundo trimestre de 2024, o banco estatal havia registrado lucro recorde de (R$ 8,97 bilhões), o segundo maior lucro individual do setor, atrás apenas do Itaú Unibanco. Um ano depois, o banco caiu para a última posição entre os cinco maiores, perdendo destaque no pódio dos gigantes.
O maior banco privado do Brasil manteve sua liderança nos ganhos com folga, com o maior lucro trimestral da histórica dos bancos listados na B3. Ao todo, os ganhos foram de R$ 11,28 bilhões no segundo trimestre, o equivalente a mais de 40% de todo o lucro consolidado do setor.
Depois de anos de resultados pressionados, o banco vem mostrando recuperação. O lucro foi de R$ 6,07 bilhões, alta de 28,6% na comparação com o período equivalente de 2024, no seu melhor segundo trimestre desde 2021.
Foi o campeão em crescimento percentual, disparando 42% para R$ 4,01 bilhões – num desempenho que superou em muito a expectativa do mercado e levou a uma forte valorização dos papéis na bolsa. Com isso, o banco (do mesmo grupo de controle de EXAME) consolidou-se como terceiro colocado no ranking de lucros do setor.
O lucro cresceu 10,7%, chegando a R$ 3,59 bilhões, mantendo estabilidade em um patamar intermediário dentro do grupo.
Foi o ponto fora da curva negativa do trimestre, com queda histórica de 66%, para R$ 3,03 bilhões, que derrubou o lucro consolidado do setor.