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Black Friday 2025 começa mais forte e e-commerce fatura R$ 1,69 bi em 12h

Mesmo com a antecipação, a sexta-feira segue concentrando compras de maior valor

Méliuz Black Friday 2023 (Méliuz/Divulgação)

Méliuz Black Friday 2023 (Méliuz/Divulgação)

Publicado em 28 de novembro de 2025 às 17h29.

Nas primeiras doze horas da Black Friday 2025, o e-commerce brasileiro faturou R$ 1,69 bilhão, alta de 24,5% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da plataforma Hora a Hora da Confi Neotrust.

Segundo a empresa, que monitora transações reais de 80 milhões de consumidores em sete mil lojas online, os números consolidam a curva de aceleração observada ao longo da pré-Black Week. Só na véspera, 27, as vendas romperam a barreira dos R$ 2,28 bilhões, com crescimento de 34,1%.

O volume de pedidos também avançou de forma expressiva. Foram 3,27 milhões de compras finalizadas até 11h59 desta sexta-feira, 28, 44% acima dos 2,24 milhões registrados na primeira metade da Black Friday de 2024.

O tíquete médio, porém, caiu 17,87%, passando de R$ 609,38 para R$ 518,38. O movimento de redução já era observado desde o início da semana e indica uma concentração maior em itens de menor valor unitário.

As categorias que lideraram o faturamento até o momento foram smartphones (R$ 179,3 milhões), TVs (R$ 166,2 milhões) e geladeiras e refrigeradores (R$ 125 milhões).

Risco de antecipação das compras ficou para trás?

As primeiras horas da Black Friday acontecem depois de um mês já bastante aquecido para o varejo online. Entre 1º e 21 de novembro, o e-commerce faturou R$ 29,07 bilhões, alta de 32% na comparação anual.

O número de pedidos também cresceu 44,5%, chegando a 94,9 milhões, enquanto o tíquete médio recuou 8,6%, para R$ 306,20.

Os dados revelam um movimento consistente de consumo, mas que gerou dúvidas entre analistas sobre a intensidade do pico desta sexta, já que parte da demanda poderia ter sido antecipada por ações agressivas de grandes varejistas, especialmente no 11 de novembro, o Dia dos Solteiros, que neste ano teve forte participação das empresas brasileiras e registrou R$ 2,78 bilhões em vendas, 105% acima de 2024.

Léo Homrich Bicalho, head de negócios da Confi Neotrust, avalia que mesmo com a forte antecipação de ofertas ao longo de novembro, a sexta-feira segue desempenhando um papel central para o consumidor.

"Apesar do tíquete médio menor que o registrado em 2024, ele é 65% maior do que a média registrada no acumulado do mês de novembro até o dia de ontem (R$ 313,98). Também estamos bem otimistas sobre essa ser a Black Friday de melhor resultado do histórico, mesmo com os indícios iniciais de que o consumidor poderia estar antecipando seu consumo ao longo de novembro", afirma.

Expectativa de recorde

Apesar da antecipação, a Neotrust projeta que o faturamento total da Black Friday 2025 — considerando o período de 26 a 30 de novembro — cresça 17%, alcançando R$ 11 bilhões.

Saúde, esporte e lazer, automotivo e beleza e perfumaria são as categorias com maior potencial de expansão percentual, enquanto eletrodomésticos, eletrônicos e smartphones continuam como pilares do faturamento.

A edição deste ano também conta com um estímulo extra: o pagamento da primeira parcela do 13º salário ocorre justamente nesta sexta, fator que pode impulsionar ainda mais as vendas.

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