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BlackRock atrai captação recorde de US$ 641 bi em 2024 e expande presença em ativos alternativos

Gigante de gestão de ativos amplia liderança global e aposta em mercado privado para crescimento futuro

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 09h00.

A BlackRock encerrou 2024 com uma captação recorde de US$ 641 bilhões (R$ 3,91 trilhões) em ativos de clientes, consolidando sua posição como a maior gestora de ativos do mundo. Do total captado, US$ 390 bilhões (R$ 2,38 trilhões) foram direcionados a ETFs, US$ 226 bilhões (R$ 1,38 trilhão) a fundos de ações e US$ 164 bilhões (R$ 1 trilhão) a fundos de renda fixa, segundo a Bloomberg.

Com US$ 11,6 trilhões (R$ 70,68 trilhões) em ativos sob gestão, a receita anual da BlackRock superou US$ 20 bilhões (R$ 121,8 bilhões), um aumento de 14% em relação a 2023. O lucro líquido ajustado por ação cresceu 23% no último trimestre, alcançando US$ 11,93 (R$ 72,60) por ação.

Impulso de ativos alternativos e expansão estratégica

O desempenho foi impulsionado pela diversificação de produtos e pela entrada no mercado de ativos alternativos, como o ETF de bitcoin, que captou mais de US$ 50 bilhões (R$ 304,5 bilhões) desde seu lançamento em 2024.

A BlackRock realizou aquisições estratégicas, incluindo a compra da HPS Investment Partners por US$ 12 bilhões (R$ 73,08 bilhões), prevista para 2025, e da Global Infrastructure Partners por US$ 12,5 bilhões (R$ 76,13 bilhões), concluída em outubro. Além disso, está em andamento a aquisição da Preqin Ltd. por £ 2,55 bilhões (R$ 15,53 bilhões). Essas movimentações reforçam sua atuação em crédito privado, infraestrutura e dados financeiros, posicionando-a como líder no setor de ativos alternativos, em concorrência direta com Blackstone e KKR.

Desempenho no mercado e desafios

As ações da BlackRock subiram 26% em 2024, superando o avanço de 23% do S&P 500. Apesar disso, a gestora enfrenta incertezas em 2025, incluindo uma possível desaceleração da política de redução de juros pelo Federal Reserve e a volatilidade nos mercados de ações e títulos.

O CEO Larry Fink destacou que a empresa está bem posicionada para aproveitar novas oportunidades, especialmente no crédito privado. "Este é apenas o começo", afirmou, reforçando o compromisso da BlackRock com inovação e expansão.

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