Bank of America: o faturamento total do banco aumentou 10,8%, para US$ 28,24 bilhões (Erik McGregor/LightRocket /Getty Images)
Repórter
Publicado em 15 de outubro de 2025 às 08h35.
Última atualização em 15 de outubro de 2025 às 09h05.
A segunda maior instituição financeira dos Estados Unidos, Bank of America (BofA), divulgou nesta quarta-feira, 15, resultados acima das expectativas de mercado para o terceiro trimestre de 2025. O desempenho foi impulsionado pelo forte avanço nas receitas de investment banking.
O lucro líquido somou US$ 8,5 bilhões, alta de 23% em relação ao mesmo período de 2024. O ganho por ação foi de US$ 1,06, acima da estimativa de US$ 0,95 por ação.
O faturamento total aumentou 10,8%, para US$ 28,24 bilhões, também superando as projeções dos analistas, que estimavam US$ 27,5 bilhões.
As receitas de investment banking subiram 43%, para US$ 2,05 bilhões, frente à expectativa de US$ 1,65 bilhão.
As taxas por assessoria em fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) avançaram 51%, para US$ 583 milhões, enquanto a receita com emissões de ações e títulos de dívida cresceu 34% e 42%, respectivamente.
O movimento reflete a retomada global nas operações de M&A. Segundo dados compilados pela Bloomberg, o volume global de fusões e aquisições superou US$ 1 trilhão no terceiro trimestre — apenas a segunda vez na história em que isso ocorre.
A margem financeira líquida, a receita obtida com os juros cobrados em empréstimos menos os juros pagos aos depositantes, avançou 9,1% no trimestre, para US$ 15,2 bilhões, superando a expectativa de alta de 7,6% dos analistas.
“O forte crescimento da carteira de crédito e dos depósitos, aliado ao bom posicionamento do balanço, resultou em uma margem financeira recorde”, afirmou o CEO Brian Moynihan em nota.
Na mesa de operações, a receita também veio acima do projetado. A área de ações registrou alta de 14%, para US$ 2,27 bilhões, enquanto o resultado em renda fixa cresceu 4,6%, para US$ 3,08 bilhões.
As ações do banco subiam 4,6% no pré-mercado em Nova York às 8h33 (horário de Brasília). No acumulado de 2025 até terça-feira, os papéis já acumulavam alta de 14%, acima dos 10% de valorização do índice financeiro do S&P 500, de acordo com informações da Bloomberg.
A divulgação dos resultados ocorre em uma semana intensa para o setor bancário americano. Na terça-feira, JPMorgan, Goldman Sachs, Wells Fargo e Citigroup também reportaram balanços com forte contribuição das áreas de trading e investment banking.