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Bolsa: +11% no mês; Embraer cai 14,6%…

Alta de 11,2% O Ibovespa subiu 1,13% no último pregão de julho e fechou o mês com alta de 11,2% — a maior desde março, quando o índice subiu quase 17%. O desempenho desta sexta-feira foi impactado pelos balanços das companhias e também pela Petrobras. As ações ordinárias da estatal subiram 5%, e as preferenciais, […]

AMBEV: companhia foi uma das decepções de 2016, com a primeira queda anual de receita da sua história / Germano Lüders (Germano Lüders/Exame)

AMBEV: companhia foi uma das decepções de 2016, com a primeira queda anual de receita da sua história / Germano Lüders (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2016 às 18h51.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h32.

Alta de 11,2%

O Ibovespa subiu 1,13% no último pregão de julho e fechou o mês com alta de 11,2% — a maior desde março, quando o índice subiu quase 17%. O desempenho desta sexta-feira foi impactado pelos balanços das companhias e também pela Petrobras. As ações ordinárias da estatal subiram 5%, e as preferenciais, 3,7%, com o anúncio de que a companhia vendeu sua participação numa área do pré-sal para a companhia de energia Statoil Brasil por 2,5 bilhões de dólares. Destaque também para as ações da fabricante de cosméticos Natura, as quais tiveram a maior alta do Ibovespa pelo segundo dia consecutivo, acumulando uma alta de 22% no período, após a divulgação de seu balanço.

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Embraer desaba 14,6%

As ações da fabricante de aviões Embraer desabaram 14,6% nesta sexta-feira, fechando o dia com a maior queda do Ibovespa. A companhia apresentou um prejuízo de 337,3 milhões de reais no segundo trimestre, ante um lucro de 399,6 milhões de reais — do mesmo período do ano passado. O resultado foi impactado por uma provisão no valor de 684,9 milhões de reais devido às investigações que a companhia enfrenta nos Estados Unidos. Em relatório, analistas destacaram que os resultados vieram piores do que o esperado.

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BRF: vai melhorar?

A companhia de alimentos BRF tinha tudo para ver uma queda nas suas ações nesta sexta depois de apresentar uma queda de 91,6% nos lucros do segundo trimestre, que foram de 31 milhões de reais. Mas, em teleconferência realizada durante a manhã, o presidente do conselho de administração, Abilio Diniz, animou os investidores. Ele afirmou que o segundo semestre será muito diferente, com melhora nas perspectivas, e novas altas nos preços não estão descartadas. As ações da companhia subiram 6,4%.

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Menos cerveja

Outras ações afetadas pelo balanço são as da fabricante de bebidas Ambev, as quais caíram 3,5%. O lucro da empresa diminuiu 22,4%, para 2,1 bilhões de reais, com as vendas mais fracas, que também fizeram a empresa diminuir sua projeção de crescimento para o ano. A queda nas vendas se deu no segmento de cervejas populares, enquanto as bebidas premium cresceram 2 dígitos. Para o banco BTG Pactual, a fraca demanda e a saturação da indústria de bebidas exigem cautela com as ações da empresa.

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SulAmérica anima

As ações da seguradora SulAmérica subiram 17,6% após a divulgação de resultados positivos na noite de quinta-feira 28. No segundo trimestre do ano, a empresa teve um lucro de 126,4 milhões de reais, um avanço de 0,5% em relação ao ano passado. A receita subiu 6,9% no período, chegando a 4,1 bilhões de reais. O principal aumento de receitas veio dos setores de saúde e odontologia, que registraram crescimento de 15,2% nas vendas. Segundo o banco Credit Suisse, o resultado veio acima do esperado, mas as expectativas eram baixas devido ao pessimismo com o setor de seguros.

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Rombo histórico

O setor público consolidado (composto de governos federal, estaduais e municipais) teve o pior desempenho semestral nas contas desde o início das medições, em 2001, segundo o Banco Central. O déficit do primeiro semestre foi de 23,7 bilhões de reais. No ano passado, o primeiro semestre teve um resultado positivo de 16,2 bilhões de reais. Nos 12 meses encerrados em junho, o déficit acumulado foi de 151,2 bilhões, valor que corresponde a 2,51% do PIB.

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11,6 milhões de desempregados

O número de desempregados no país chegou a 11,6 milhões em junho, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). Com isso, a taxa chegou a 11,3% da população economicamente ativa. O número já era esperado por analistas. O aumento em relação ao primeiro trimestre do ano foi de 4,5% (497.000 pessoas). Em relação ao trimestre encerrado em junho do ano passado, a taxa subiu 38,7% (ou 3,2 milhões de pessoas). É o mais alto valor do índice desde que o IBGE iniciou as medições em 2012.

 

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