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Bolsa recupera 115 mil pontos com Itaú e Vale

Índices acionários estrangeiros sobem e dão suporte às negociações na B3

Bolsa: índice abre em alta nesta terça (11) (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

Bolsa: índice abre em alta nesta terça (11) (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 11 de fevereiro de 2020 às 10h19.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2020 às 15h43.

São Paulo - O tom positivo prevalecia na bolsa paulista nesta terça-feira (11), favorecido por melhora no humor dos investidores no exterior e com cena corporativa em evidência, após Vale divulgar dados de vendas e produção em meio à alta do preço do minério de ferro na China, e Itaú Unibanco publicar balanço trimestral e projeções.

Às 15h40, o Ibovespa subia 2,64%, a 115.547,14 pontos. Em pregão véspera de vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro, o volume financeiro somava 16,2 bilhões de reais.

"A volatilidade ainda segue dando o tom nos mercados", destacou a equipe da Elite Investimentos, em nota a clientes, acrescentando que os movimentos nos mercados seguem atrelados a notícias difusas sobre o avanço do coronavírus que surgiu na China e seu impacto na economia global.

No exterior, o norte-americano S&P 500 subia 0,43% nos primeiros negócios.

Nos Estados Unidos, o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, se mostrou bastante otimista sobre as perspectivas para a economia norte-americana em pronunciamento ao Congresso dos EUA, mas citou como ameaça potencial o coronavírus chinês e preocupações sobre a saúde a longo prazo da economia.

Da pauta doméstica, a ata da última reunião de política monetária do Banco Central indicou divergência entre os membros Copom sobre a ociosidade na economia, e apontou que, diante de "múltiplas incertezas", quer ter melhor compreensão do cenário para definir os próximos passos da taxa Selic.

Destaques

- VALE ON avançava 3% com alta dos preços do minério de ferro na China, além de números da empresa sobre produção e venda do último trimestre de 2019. A mineradora manteve previsão de produção de finos de minério de ferro em 2020 entre 340 milhões e 355 milhões de toneladas. A companhia ainda informou que o resultado do quarto trimestre de 2019 trará ajustes que elevarão em 671 milhões de dólares as atuais provisões para descaracterização de barragens. No setor, CSN e USIMINAS PNA subiam 4% e 3,8%, respectivamente.

- ITAÚ UNIBANCO PN valorizava-se 3,1%, após reportar alta de 12,6% no lucro líquido recorrente do quarto trimestre. O maior banco em ativos do país também disse que sua carteira de empréstimos deve crescer entre 8,5% e 11,5% este ano, em linha com o crescimento de 10,9% em 2019. Em teleconferência sobre os resultados, o presidente do Itaú, Candido Bracher, disse que a receita de prestação de serviços da instituição deve crescer em 2020, apoiada no resultados do banco de investimento e da gestão de recursos.

- BANCO DO BRASIL ON disparava 3,7%, tendo no radar balanço trimestral na quinta-feira.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiam 1% e 0,8%, respectivamente, em sessão de alta dos preços do petróleo no exterior, além da repercussão de números sobre a produção da companhia, que mostraram crescimento médio de 16,5% na produção média de petróleo e líquido de gás natural (LGN) no Brasil no quarto trimestre ante mesmo período de 2018, para 2,394 milhões de barris por dia (bpd). A Petrobras ainda informou que obteve sentença favorável em arbitragem relacionada à empresa de sondas Sete Brasil e que com isso reverterá no resultado do quarto trimestre de 2019 uma provisão de 1,3 bilhão de reais referente ao litígio.

- COSAN ON avançava 4,8% e ULTRAPAR ON tinha elevação de 3,6%, entre as maiores altas do Ibovespa, com BR DISTRIBUIDORA ON subindo 2,4%.

- CARREFOUR BRASIL ON perdia 1,5%, entre as poucas quedas da sessão. A varejista confirmou na segunda-feira que está negociando a compra de certos ativos da rede atacadista Makro, mas refutou informações publicadas na imprensa de que o valor da transação pode chegar a cerca de 5 bilhões de reais. A rede de varejo de origem francesa afirmou que as negociações com os controladores do Makro envolvem "possível aquisição de determinados ativos imobiliários e acessórios do Macro" e que os valores citados pela imprensa sobre a eventual transação são "substancialmente maiores" que na realidade.

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