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Bancos e Petrobras ditam nova queda do Ibovepsa

Às 14:04, o Ibovespa caía 0,61 %, a 116.170,77 pontos

Bolsa: índice reflete a cautela global com o aumento das tensões no Oriente Médio (Amanda Perobelli/Reuters)

Bolsa: índice reflete a cautela global com o aumento das tensões no Oriente Médio (Amanda Perobelli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de janeiro de 2020 às 10h27.

Última atualização em 7 de janeiro de 2020 às 14h04.

A bolsa paulista engatava nova sessão com viés negativo nesta terça-feira, tendo bancos e Petrobras entre as maiores pressões de baixa do Ibovespa, em meio a um ambiente ainda volátil no exterior, enquanto Marfrig era destaque de alta.

Às 14:04, o Ibovespa caía 0,61 %, a 116.170,77 pontos. O volume financeiro somava 3,112 bilhões de reais.

A equipe da Ágora Investimentos destacou em nota a clientes que, após alguns dias de maior tensão nas bolsas internacionais, a terça-feira começou com uma atmosfera mais calma no exterior, sem novos desdobramentos, por ora, relacionados à crise EUA-Irã.

"As notícias sobre o tema, no entanto, devem ser acompanhadas de perto", ponderou.

Wall Street iniciava os negócios desta sessão com variações moderadas, diante da ausência de nova escalada na tensão entre os Estados Unidos e o Irã, após ataque norte-americano matar comandante iraniano.

Na visão da equipe da Elite Investimentos, o Ibovespa deve ser influenciado em grande parte pela conjuntura internacional, dado o recesso parlamentar e a agenda fraca de indicadores no Brasil, conforme nota a clientes.

DESTAQUES

- BRADESCO PN cedia 1,7% e ITAÚ UNIBANCO PN recuava 1%, pesando no Ibovespa, dada a relevante participação que detêm na composição do índice, em sessão negativa para o setor de bancos como um todo, com BTG PACTUAL UNIT cedendo 1,6%.

- PETROBRAS PN caía 0,8% e PETROBRAS ON cedia 1,1%, tendo de pano de fundo ajuste de baixa nos preços do petróleo após alta recente com aumento de tensões no Oriente Médio dada a crise EUA-Irã, além de expectativa para oferta de ações da companhia detidas pelo BNDES.

- MARFRIG ON valorizava-se 1,9%. O Santander Brasil elevou a recomendação da ação para 'compra' e o preço-alvo para 16 reais, citando entre os argumentos um ambiente favorável para resultados recordes e geração de fluxo de caixa em 2020. No setor, JBS ON subia 0,8%. MINERVA ON, que não está no Ibovespa, subia 2,7%.

- BRASKEM PNA mostrava declínio de 2%, após três altas seguidas, período em que acumulou elevação de quase 12%.

- VALE ON cedia 0,2%, em sessão sem viés único no setor de mineração e siderurgia, com USIMINAS PNA e CSN subindo 0,4% e 0,1%, respectivamente.

- AZUL PN mostrava elevação de 1,1%, em meio à trégua na valorização dos preços do petróleo e dados sobre tráfego em dezembro, quando a demanda superou a oferta. GOL PN subia 0,5%.

- CEMIG PN avançava 1,7%, tendo no radar reportagem do Valor Econômico de que a elétrica mineira contratou o Bank of America para "avaliação estratégica" de uma possível venda de sua fatia na transmissora Taesa.

- MRV ON tinha acréscimo de 0,5%. Na véspera, a construtora divulgou que recebeu carta da gestora de recursos Dynamo informando que passará a apoiar a proposta de compra da AHS, nos EUA. A asssembleia extraordinária para deliberar sobre a proposta está marcada para 31 de janeiro.

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