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Bolsa recua de leve, mas segue operando acima dos 94,5 mil pontos

Às 11:34, o Ibovespa subia 0,06%, a 94.532,7 pontos. Na máxima, renovou recorde intradia, a 94.695,12 pontos

Bovespa: bolsa apresenta oscilações (Germano Lüders/Exame)

Bovespa: bolsa apresenta oscilações (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 10h20.

Última atualização em 15 de janeiro de 2019 às 11h42.

São Paulo - A bolsa paulista não tinha uma direção clara na manhã desta terça-feira, conforme investidores continuam confiantes na melhora da economia brasileira após a mudança no comando do país, mas aproveitam para embolsar um pouco do lucro recente enquanto aguardam novidades.

Às 11:34, o Ibovespa subia 0,06 por cento, a 94.532,7 pontos. Na máxima, renovou recorde intradia, a 94.695,12 pontos. O volume financeiro somava 2,55 bilhões de reais.

No ano, o principal índice de ações da B3 já acumula valorização de mais de 7 por cento.

"O motivo deste otimismo está na expectativa de que o novo governo fará mudanças importantes na economia do país", destacaram analistas da corretora Mirae em nota distribuída a clientes, acrescentando que tal movimento será capitaneado pela reforma da Previdência.

Operadores endossavam a premissa, citando investidores animados com a agenda de perfil liberal da equipe econômica, mas não descartavam eventuais ajustes para embolsar lucros. "Uma hora ou outra sempre tem", disse um desses profissionais. Ainda assim, eles ressaltaram que o viés segue de alta.

Em consulta a gestores de fundos locais durante evento recente, a equipe de estratégia de um banco em São Paulo ouviu que o cenário político, particularmente a coalizão para aprovação de reformas, é a principal preocupação.

Mesmo assim, a maior parte respondeu que espera de 80 a 90 por cento de probabilidade de aprovação da reforma da Previdência.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN caía 1,21 por cento, pesando negativamente, com o setor de bancos como um todo no vermelho. BRADESCO PN caía 0,57 por cento, SANTANDER BRASIL UNIT caía 0,52 por cento e BANCO DO BRASIL caía 0,46 por cento.

- VALE subia 0,86 por cento, contribuindo do lado positivo no Ibovespa, dada a sua relevante participação na composição do índice, conforme persite a visão benigna entre analistas para o papel da mineradora.

- PETROBRAS PN subia 0,6 por cento, favorecida pela alta do petróleo no exterior, embora o ganho de 9,57 por cento no ano até a véspera abrisse espaço para alguma realização de lucros, enquanto permanecem algumas dúvidas sobre o desfecho da revisão do contrato de cessão onerosa com a União.

- VIA VAREJO subia 6,02 por cento, na quarta alta seguida, tendo como pano de fundo dados positivos sobre as vendas no comércio no país, com o ICVA mostrando em 2018 a primeira alta desde 2014 e o IBGE reportando o melhor resultado para novembro em 18 anos. No setor, MAGAZINE LUIZA subia 0,05 por cento e B2W subia 1,38 por cento.

- SUZANO subia 2,05 por cento, também entre as maiores altas do Ibovespa. A fabricante de celulose divulgou na véspera a conclusão da operação envolvendo a incorporação da Fibria. "Agora que o negócio foi concluído com sucesso, acreditamos que a Suzano deve focar totalmente nas próximas etapas estratégicas", afirmaram analistas do Bradesco BBI, que têm recomendação 'ouperform' e preço-alvo de 60 reais para ação.

- MARFRIG subia 2,62 por cento. Na véspera, o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, colocou o papel em sua carteira Top 5, em substituição ao da CCR, apontando o redirecionamento estratégico para foco em bovinos, bem como o cenário global positivo para o setor, como principais fatores de influência para a ação.

- LOCALIZA caía 2,28 por cento, na quarta queda consecutiva, após atingir cotação de fechamento recorde no primeiro pregão do ano, a 30,87 reais.

(Por Paula Arend Laier)

 

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