Mercados

Bolsa recua com cautela por exterior e com noticiário corporativo no radar

Às 11:10, o Ibovespa caía 0,49 por cento, a 83.395 pontos

Ibovespa: principal índice acionário da B3 operava em território negativo nos minutos iniciais desta quarta-feira (Juan Mabromata/Getty Images)

Ibovespa: principal índice acionário da B3 operava em território negativo nos minutos iniciais desta quarta-feira (Juan Mabromata/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 28 de março de 2018 às 10h53.

Última atualização em 28 de março de 2018 às 11h26.

São Paulo - O principal índice acionário da B3 operava em território negativo nesta quarta-feira, com investidores adotando cautela em meio a um cenário externo de mais aversão a risco, em sessão marcada ainda por noticiário corporativo movimentado.

Às 11:10, o Ibovespa caía 0,49 por cento, a 83.395 pontos. Na mínima da sessão até o momento, o índice recuou 1,1 por cento e foi abaixo de 82 mil pontos. O giro financeiro era de 1,6 bilhão de reais.

A cautela com o exterior se deve à volta das preocupações com o aumento do protencionismo e com a possibilidade de uma guerra comercial, após os Estados Unidos sobretaxaram as importações de aço e alumínio.

"Políticas do governo (do presidente dos EUA, Donald) Trump... têm feito preço em setores sensíveis", escreveram os analistas da corretora Guide Investimentos, em nota a clientes, acrescentando que o setor tecnologia, devido à sua característica mais volátil, é um deles. "O receio de que Trump continue a colocar a 'América Primeiro' e aumente o protecionismo é algo que manterá os mercados internacionais voláteis."

Destaques

- PETROBRAS PN recuava 1,49 por cento e PETROBRAS ON caía 1,16por cento em dia negativo para os preços do petróleo no mercado internacional. A estatal anunciou nesta quarta-feira que fez hedge de parte de sua produção de petróleo prevista para este ano e que pretende concluir a hibernação das fábricas de fertilizantes em Sergipe e Bahia até 31 de outubro.

- VALE ON perdia 0,83 por cento, em sessão de baixa para o minério de ferro à vista na China.

- BRADESCO PN recuava 0,84 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN tinha baixa de 0,30 por cento, ajudando a pressionar o índice devido ao peso desses papéis em sua composição.

- SABESP ON caía 2,09 por cento após divulgar seu resultado do quarto trimestre, com números que segundo analistasvieram abaixo do esperado. A empresa reportou lucro líquido de 612,6 milhões de reais no período, queda de 35,3 por cento na comparação anual.

- MARFRIG ON avançava 1,07 por cento, tendo no radar o resultado do quarto trimestre, que mostrou o menor prejuízo líquido desde 2015 e alta de 24 por cento no resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda).

- CPFL ENERGIA ON subia 1,31 por cento, liderando a ponta positiva do índice, após resultado do quarto trimestre que mostrou lucro líquido de 498 milhões, alta de 262,6 por cento na comparação anual.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespa

Mais de Mercados

Petróleo, dólar e volatilidade: como o ataque dos EUA ao Irã pode mexer com a economia global

Dólar sobe após ataques dos EUA ao Irã, mas analistas veem efeito temporário

Possível mudança de regime no Irã pode causar maior choque no petróleo desde 1979

Bolsas da Ásia fecham em queda com tensão no Oriente Médio; petróleo dispara