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Bolsa sofre realização de lucro e cai com Congresso e exterior fraco

Às 11:57, o Ibovespa caía 0,69 por cento, a 97.187,27 pontos

Bovespa: bolsa registra queda (Paulo Whitaker/Reuters)

Bovespa: bolsa registra queda (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de fevereiro de 2019 às 10h17.

Última atualização em 4 de fevereiro de 2019 às 12h38.

São Paulo - A bolsa paulista passava por um ajuste negativo nesta segunda-feira, após alta relevante acumulada desde o começo de ano, em movimento puxado pelos papéis de bancos e da Vale, tendo como pano de fundo um cenário externo marginalmente desfavorável e a repercussão da eleição no Congresso no país.

Às 11:57, o Ibovespa caía 0,69 por cento, a 97.187,27 pontos. O volume financeiro somava 2,9 bilhões de reais.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa atingiu na última sexta-feira nova máxima histórica para fechamento, a 97.861,27 pontos, acumulando em 2019 alta de 11,35 por cento.

No exterior, Wall Street caminhava para uma abertura fraca, antes de resultados como o da Alphabet, enquanto petróleo recuava e o dólar valorizava-se ante uma cesta de moedas.

Entre sexta-feira e sábado, o parlamentares brasileiros elegeram os presidentes da Câmara dos Deputados (Rodrigo Maia/DEM-RJ) e Senado (Davi Alcolumbre/DEM-AP), evento amplamente aguardado por ser considerado no mercado essencial para o avanço de fato do andamento das reformas.

"Do ponto de vista da aprovação de uma reforma da Previdência relevante, o risco diminuiu na Câmara - embora a tramitação possa demorar um tanto a mais - e aumentou moderadamente no Senado", avalia a equipe da consultoria Rosenberg Associados, conforme nota a clientes.

"De toda forma, será preciso avaliar ainda como se dará, efetivamente, a presidência de Alcolumbre. Somando todos os vetores, parecem ainda elevadas as chances de aprovação da reforma da Previdência, mesmo que mais demorada", disse.

Destaques

- VALE perdia 1,54 por cento, em meio ao horizonte ainda complicado para a mineradora após o desastre em Minas Gerais com o rompimento de uma barragem da companhia.

- BRADESCO PN cedia 0,87 por cento, em queda após fortes ganhos na semana passada na esteira do balanço trimestral e das metas divulgadas para 2019.

- ITAÚ UNIBANCO PN caía 0,36 por cento, antes da divulgação do resultado do quarto trimestre nesta segunda-feira, após o fechamento do mercado.

- BB SEGURIDADE recuava 2,01 por cento, em sessão com dados do setor de seguros, que, conforme nota do Itaú BBA, mostraram lucro fraco para dezembro.

- GOL PN subia 3,69 por cento, engatando a quarta alta seguida, dada a fraqueza recente do dólar frente ao real e tendo no radar a recuperação judicial da rival Avianca Brasil.

- PETROBRAS PN cedia 0,35 por cento, afetado pelo declínio do petróleo. PETROBRAS ON era negociada em baixa de 0,43 por cento.

- MARFRIG mostrava elevação de 3,59 por cento, segunda alta seguida, com o ganho em fevereiro já alcançando cerca de 9 por cento.

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