Publicado em 10 de março de 2025 às 10h40.
Última atualização em 10 de março de 2025 às 12h13.
As bolsas americanas abriram a segunda-feira, 10, em forte queda, dando sequência ao movimento de venda registrado na semana passada, em meio a incertezas sobre tarifas e uma entrevista do domingo do presidente Donald Trump em que ele não descartou a possiblidade de uma recessão.
O movimento de hoje está sendo puxado principalmente pelas Big Techs. O índice Nasdaq, que concentra as empresas de tecnologia recuava mais de 3,5%, enquanto o Dow Jones, que tem menor peso do setor, caía 0,8%.
O S&P 500 se desvalorizava 1,8%, puxado principalmente pelas ações de tecnologia. Das 500 ações do índice, mais de 250 negociavam em alta. O Invesco S&P 500 Equal Weight, um ETF que dá o mesmo peso a todas as ações que compõem o índice caía apenas 0,4%.
Todos os membros das Magnificent 7, as sete ações de tecnologia de maior valor de mercado e que tiveram desempenhos espetaculares nos últimos dois anos, caíam mais de 2%.
Os destaques de queda ficavam por conta de Nvidia, que perdia mais de 5%, a Tesla, que recuava 8,5%.
A leitura é que, com as fortes incertezas rondando a economia americana, os investidores estão menos propensos a pagar os valuations mais esticados dessas companhias e aproveitando para reduzir a exposição nesses nomes.
No fim de semana, o presidente Donald Trump não descartou uma possível recessão ainda este ano, afirmando à Fox News que o país passará por um “período de transição”. Por outro lado, o secretário do Comércio, Howard Lutnick, minimizou os riscos e garantiu à NBC News que "não haverá recessão nos Estados Unidos".
O movimento de baixa vem na esteira de uma semana difícil para os mercados. O S&P 500 caiu 3,1% na semana passada, marcando seu pior desempenho desde setembro. O Dow Jones recuou 2,4%, enquanto o Nasdaq teve uma perda de 3,5%, refletindo o impacto das incertezas econômicas e das políticas comerciais.
Os reflexos da instabilidade vão além dos Estados Unidos. Na Europa, o índice Stoxx Europe 600 teve leve baixa, embora o setor de defesa tenha mantido sua trajetória de alta. Já na China, os mercados registraram quedas significativas após dados de inflação mostrarem que os preços ao consumidor caíram mais do que o esperado no último mês.