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Bolsas dos EUA caem até 3% no pré-mercado com tarifas de Trump no radar

Mercado operava em forte volatilidade, após os contratos futuros terem atingido quedas ainda mais expressivas — o Dow chegou a perder mais de 1.500 pontos

Publicado em 7 de abril de 2025 às 09h23.

Os futuros das bolsas americanas voltaram a recuar nesta segunda-feira, 7, após a Casa Branca reafirmar o compromisso com o pacote de tarifas anunciado pelo presidente Donald Trump. O S&P 500 caiu 2,5%, o Dow Jones perdeu 836 pontos e o Nasdaq-100 recuou 2,9%, dando sequência a uma onda de liquidações que já dura três dias.

O mercado operava em forte volatilidade, após os contratos futuros terem atingido quedas ainda mais expressivas — o Dow chegou a perder mais de 1.500 pontos. O S&P 500 já acumula uma queda de 17,4% desde o pico registrado em fevereiro, aproximando-se de um mercado de baixa.

O cenário é agravado pelo desempenho da semana anterior: o Dow registrou perdas superiores a 1.500 pontos em dois dias consecutivos, algo inédito, incluindo um tombo de 2.231 pontos na sexta-feira, 4. O S&P 500 recuou 6% apenas na sexta-feira, marcando a pior queda diária desde a pandemia de março de 2020.

A tarifa inicial de 10%, aplicada unilateralmente, entrou em vigor no sábado, 5 de abril. Investidores esperavam que, ao longo do fim de semana, a administração Trump apresentasse avanços em negociações ou anunciasse o adiamento das chamadas tarifas recíprocas previstas para 9 de abril. No entanto, a postura foi de endurecimento.

Em declarações no domingo, Trump afirmou: "Não quero que nada despenque, mas às vezes é preciso tomar remédio para consertar um problema".

O presidente reiterou que os Estados Unidos mantêm um déficit comercial trilionário com a China e que "não fará um acordo a menos que esse problema seja resolvido".

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