Invest

Bolsas globais iniciam semana com crise política na França e sucessão no Japão no radar

Crise política na França, renúncia do premiê japonês e expectativa por dados de inflação nos EUA pautam início da semana nos mercados globais

Shigeru Ishiba: primeiro-ministro do Japão renuncia (Toru Hanai/Pool/Getty Images)

Shigeru Ishiba: primeiro-ministro do Japão renuncia (Toru Hanai/Pool/Getty Images)

Publicado em 8 de setembro de 2025 às 06h23.

As bolsas globais começaram a semana em alta, com destaque para o cenário político na França, onde o primeiro-ministro François Bayrou enfrenta um voto de confiança decisivo nesta segunda-feira, 8; e no Japão, após a renúncia do premiê Shigeru Ishiba.

Investidores também acompanham indicadores da China e se preparam para dados cruciais de inflação nos Estados Unidos.

Mercados da Ásia

Os mercados asiáticos fecharam em alta nesta segunda-feira, impulsionados pela transição de poder no Japão e pela divulgação dos números de exportações da China, que cresceram 4,4% em agosto, abaixo da expectativa de 5% dos analistas consultados pela Reuters. O resultado, o mais fraco em seis meses, reflete a desaceleração da demanda global e a pressão das tarifas impostas pelos Estados Unidos.

O índice japonês Nikkei 225 subiu 1,62% após o anúncio da renúncia do primeiro-ministro Shigeru Ishiba, pressionado por derrotas políticas. O Topix avançou 1,06%, renovando recorde histórico. Analistas destacam que a expectativa em torno dos possíveis sucessores, entre eles Koizumi Shinjiro e Sanae Takaichi, sustentou o otimismo.

Na China, o CSI 300 ganhou 0,16%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,73%. O Kospi, da Coreia do Sul, subiu 0,45%, e o Kosdaq, 0,89%. Já na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 0,24%.

Na Índia, por volta das 6h (horário de Brasília) os índices ainda operavam em alta: o Sensex avançava 0,41% e o Nifty 50, 0,47%.

Bolsas da Europa

As bolsas europeias abriram em terreno positivo, com os investidores de olho no futuro político da França.

Por volta das 6h (de Brasília), o alemão DAX avançava 0,62%, o francês CAC 40 subia 0,19% e o inglês FTSE 100 ganhava 0,16%. O índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,20%.

O primeiro-ministro François Bayrou deve perder o voto de confiança, o que obrigaria o presidente Emmanuel Macron a nomear o quinto premiê em menos de dois anos. A disputa gira em torno de cortes de € 44 bilhões no orçamento, alvo de resistência da oposição.

No noticiário corporativo, a fabricante de semicondutores ASML aportou € 1,3 bilhão na rodada de captação da startup francesa Mistral AI.

Estados Unidos

Em Nova York, os índices fecharam em queda na sexta-feira, pressionados por dados fracos de emprego. O S&P 500 caiu 0,32%, o Nasdaq recuou 0,03% e o Dow Jones perdeu 0,48%.

Para esta semana, investidores aguardam dois dados-chave: o índice de preços ao produtor (PPI), na quarta-feira, e o índice de preços ao consumidor (CPI), na quinta-feira. Os números devem orientar a decisão do Federal Reserve na reunião deste mês, em meio às expectativas de corte de juros.

Os futuros de Nova York operavam próximos da estabilidade na manhã de segunda-feira: os contratos do Dow Jones subiam 0,18%, os do S&P 500, 0,22%, e os do Nasdaq 100, 0,34%.

Acompanhe tudo sobre:JapãoFrançaÁsiaEuropaEstados Unidos (EUA)bolsas-de-valoresAções

Mais de Invest

Como funciona o sistema de franquias?

Como foi o IPO da Klarna, fintech do tipo 'compre agora, pague depois'

Procon-SP cobra explicações da Ticketmaster sobre taxas na venda de ingressos para The Weeknd

Em melhor dia desde 1992, Oracle vê ação disparar 36% e ganha US$ 244 bilhões em valor de mercado