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Bolsas globais operam em alta com payroll, relatório de empregos dos EUA, no radar

Expectativa é de criação de 75 mil vagas no mês, número que pode consolidar aposta em corte de juros

Bolsa de Nova York: mercado aguarda dados do payroll para calibrar expectativas sobre política monetária nos EUA (xPACIFICA/Getty Images)

Bolsa de Nova York: mercado aguarda dados do payroll para calibrar expectativas sobre política monetária nos EUA (xPACIFICA/Getty Images)

Publicado em 5 de setembro de 2025 às 06h26.

As bolsas internacionais operam em alta nesta sexta-feira, 5, em clima de expectativa pela divulgação do relatório de empregos dos Estados Unidos (payroll) referente a agosto. O indicador é decisivo para as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) ainda neste mês.

Ásia fecha em alta

Os mercados da Ásia fecharam majoritariamente no positivo após o presidente Donald Trump assinar, na véspera, uma ordem executiva reduzindo a tarifa de importação de automóveis japoneses de 27,5% para 15%. O documento também confirmou investimentos de US$ 550 bilhões do Japão em projetos nos EUA.

No Japão, o Nikkei 225 avançou 1,03%, enquanto o Topix subiu 0,82%, apoiados pela divulgação do aumento de 1,4% nos gastos das famílias em julho. Na Coreia do Sul, o Kospi ganhou 0,13% e o Kosdaq teve alta de 0,74%.

As ações de tecnologia se destacaram após Trump afirmar que pretende impor tarifas a empresas de semicondutores que não transferirem produção para os EUA. A japonesa Advantest subiu 2,14%, Lasertec avançou mais de 4%, TSMC ganhou 1,72% e a sul-coreana SK Hynix valorizou 3,01%.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,51%. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 1,41%, e o índice CSI 300, que reúne as principais ações da China continental, subiu mais de 2%.

Europa abre em leve alta

As bolsas europeias operavam em leve alta por volta das 6h, também à espera do payroll. O índice europeu Stoxx 600 subia 0,24%, com o setor de mineração em destaque, enquanto o DAX de Frankfurt avançava 0,05%, o CAC 40 de Paris ganhava 0,01% e o FTSE 100 de Londres subia 0,19%.

No noticiário corporativo, as ações da dinamarquesa Orsted abriram em queda de 2% após a companhia reduzir suas projeções de lucro para 2025, citando ventos abaixo da média em seus parques offshore. A empresa ainda enfrenta entraves políticos em projetos nos EUA e moveu um processo contra a administração Trump para retomar a construção de uma usina eólica em New England.

Entre os indicadores, as vendas no varejo do Reino Unido cresceram 0,6% em julho, acima da expectativa de 0,2%, e os preços de casas subiram 0,3% em agosto, segundo dados da Halifax.

Futuros dos Estados Unidos

Em Nova York, os principais índices fecharam em alta na véspera, com o S&P 500 subindo 0,83%, o Nasdaq avançando 0,98% e o Dow Jones ganhando 0,77%. Foi o 21º recorde de fechamento do S&P neste ano.

Os futuros indicavam estabilidade nesta manhã: contratos atrelados ao Dow Jones operavam estáveis, os do S&P 500 subiam 0,20% e os do Nasdaq 100 ganhavam 0,44%.

O relatório de empregos de agosto é aguardado para o fim da manhã. Economistas consultados pela Dow Jones projetam a criação de 75 mil vagas no mês, contra 73 mil em julho. As apostas de mercado já apontam quase 100% de probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros na reunião do Fed de 16 e 17 de setembro, segundo a ferramenta FedWatch da CME.

No setor corporativo, a fabricante de chips Broadcom apresentou resultados acima do esperado, com receita trimestral crescendo 63% e perspectivas positivas para o segmento de inteligência artificial. As ações subiram mais de 6% no after market. Reportagem do Financial Times acrescentou que a OpenAI pretende fabricar seu próprio chip de IA em parceria com a companhia a partir de 2026.

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