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Bolsas globais operam mistas com balanço da Nvidia e dados da Europa no radar

Investidores avaliam balanço da Nvidia, quedas e altas setoriais na Europa e agenda econômica carregada nos EUA e na Ásia

Xangai, na China: o índice chinês CSI 300 fechou com alta de 1,77% (Leandro Fonseca/Exame)

Xangai, na China: o índice chinês CSI 300 fechou com alta de 1,77% (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 28 de agosto de 2025 às 06h24.

Os mercados internacionais registram movimentos moderados nesta quinta-feira, 28, em meio à repercussão dos resultados trimestrais da Nvidia e a novos dados corporativos na Europa. O ambiente segue marcado por expectativas em relação à inflação no continente e à trajetória da política monetária nos Estados Unidos.

Bolsas na Ásia

As bolsas da Ásia encerraram o pregão em direções distintas. No Japão, o Nikkei 225 avançou 0,75%, enquanto o Topix subiu 0,65%.

Na Coreia do Sul, o Kospi ganhou 0,29%, mas o índice de pequenas empresas Kosdaq recuou 0,41%, após o banco central manter a taxa básica de juros em 2,5% pela segunda reunião consecutiva.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,22%, com destaque para a mineradora Lynas Rare Earths, que anunciou uma oferta de ações de A$ 750 milhões e teve os papéis suspensos temporariamente. A aérea Qantas renovou máxima histórica depois de divulgar lucro antes de impostos 15% maior no ano fiscal.

Na China continental, o CSI 300 subiu 1,77%, enquanto em Hong Kong o Hang Seng recuou 0,81%.

Já na Índia, pouco antes do fechamento, o Nifty 50 operava com queda de 0,82% e o Sensex, de 0,76%, pressionados pela entrada em vigor de tarifas adicionais dos EUA sobre exportações indianas.

Mercado europeu

Na abertura europeia, o Stoxx 600 operava com leve alta de 0,07%. O CAC 40 da França subia 0,68%, enquanto o DAX da Alemanha avançava 0,20%. Já o britânico FTSE 100 recuava 0,32%.

Entre as empresas, a francesa Pernod Ricard registrou queda de 3% nas vendas anuais, mas as ações avançaram 5% no início dos negócios. A britânica Drax, de energia, despencava 11% após a abertura de investigação regulatória sobre declarações relacionadas ao fornecimento de biomassa.

No setor automotivo, dados da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) mostraram aumento de 7,4% nas matrículas de novos veículos em julho, com destaque para a expansão de 39,1% nas vendas de elétricos. A chinesa BYD apresentou crescimento de 290,6% nas vendas no acumulado do ano, enquanto a norte-americana Tesla viu queda de 33,6% no mesmo período.

Investidores aguardam para esta quinta os índices de confiança do consumidor e do clima econômico da União Europeia, além da divulgação de dados de inflação na França, Alemanha, Espanha e Itália na sexta-feira.

Estados Unidos

Em Nova York, os índices encerraram a última sessão em alta, apoiados pelo otimismo em torno do balanço da Nvidia. O S&P 500 avançou 0,24% e renovou recorde de fechamento, enquanto o Nasdaq ganhou 0,21% e o Dow Jones subiu 0,32%.

Após o pregão, a Nvidia divulgou receita de US$ 46,7 bilhões, acima das estimativas, e projetou expansão superior a 50% no trimestre. Mesmo assim, as ações caíram cerca de 3% no after market, em meio a dúvidas sobre a divisão de data centers e as vendas para a China. O movimento também atingiu concorrentes como AMD, TSMC e Broadcom.

Na manhã desta quinta-feira, por volta das 6h em Brasília, os futuros de Wall Street mostravam cautela, com o S&P 500 em alta de 0,05%, o Dow Jones em avanço de 0,21% e o Nasdaq 100 em queda de 0,04%.

O cenário político também segue no radar após o presidente Donald Trump demitir a diretora do Federal Reserve Lisa Cook, decisão que será contestada judicialmente e reacendeu o debate sobre a independência do banco central americano.

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