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Bolsas globais sobem com expectativa de corte de juros nos EUA e dados da China no radar

Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em alta, acompanhando o movimento positivo de Wall Street na véspera

Bolsa de Seul: o índice sul-coreano Kospi subiu 1,67% nesta quarta-feira, 10 (Jung Yeon-je / AFP/Getty Images)

Bolsa de Seul: o índice sul-coreano Kospi subiu 1,67% nesta quarta-feira, 10 (Jung Yeon-je / AFP/Getty Images)

Publicado em 10 de setembro de 2025 às 06h23.

As bolsas globais operam em alta nesta quarta-feira, 10, embaladas pelo otimismo com a possibilidade de novos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e pela avaliação de dados de inflação da China divulgados durante a madrugada.

Na Europa, resultados corporativos impulsionam ações dos setores varejista, farmacêutico e tecnológico, enquanto em Nova York os investidores aguardam a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI) ainda hoje e do índice de preços ao consumidor (CPI) amanhã.

Bolsas da Ásia fecham em alta

Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em alta, acompanhando o movimento positivo de Wall Street na véspera.

No Japão, o índice Nikkei 225 subiu 0,91%, renovando recordes, enquanto o Topix avançou 0,60%. Na Coreia do Sul, o Kospi ganhou 1,67% e o Kosdaq subiu 0,99%.

Na China, o CSI 300 teve alta de 0,21%, enquanto em Hong Kong o Hang Seng avançou 1,01% e o índice de tecnologia subiu 1,27%.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 encerrou em alta de 0,31%. Na Índia, por volta das 5h50 (horário de Brasília), o Sensex subia 0,42% e o Nifty 50 avançava 0,29%.

Entre os destaques, os preços ao consumidor da China caíram 0,4% em agosto em relação ao ano anterior, acima da queda de 0,2% esperada. Já o índice de preços ao produtor recuou 2,9% no mesmo período, em linha com as projeções e mostrando melhora frente à queda de 3,6% em julho.

Além disso, ações de tecnologia ligadas à Apple avançaram na região após o lançamento do novo iPhone, com alta de 1,2% da taiwanesa Foxconn e de 1,4% da sul-coreana Samsung.

Mercado europeu

As ações europeias também operam em terreno positivo nesta manhã. Por volta das 5h50, o índice europeu Stoxx 600 estava estável, próximo à máxima em duas semanas, enquanto o alemão DAX subia 0,01%, o francês CAC 40 avançava 0,15% e o britânico FTSE 100 tinha alta de 0,08%.

O movimento foi liderado pelo setor de varejo, puxado pela disparada de mais de 6% da espanhola Inditex, dona da Zara, após divulgar resultados do primeiro semestre. Apesar de vendas abaixo do esperado no segundo trimestre, a companhia informou que as novas coleções de outono/inverno foram bem recebidas, com alta de 9% nas vendas entre agosto e início de setembro.

O setor farmacêutico também subia, com a dinamarquesa Novo Nordisk avançando cerca de 2,5% após anunciar corte de 9 mil postos de trabalho em um plano de reestruturação.

O setor de tecnologia também opera em alta, com empresas como a alemã SAP e a holandesa ASML registrando ganhos próximos de 1%, apoiadas pelo forte guidance da Oracle nos Estados Unidos.

No campo geopolítico, investidores acompanham relatos de que o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu à União Europeia que imponha tarifas de até 100% sobre China e Índia em razão da compra de petróleo russo.

Estados Unidos

Em Nova York, os índices fecharam a véspera em novas máximas históricas. O S&P 500 subiu 0,27%, o Nasdaq avançou 0,37% e o Dow Jones teve ganho de 0,43%, impulsionado por ações da seguradora de saúde UnitedHealth.

Nos contratos futuros negociados nesta manhã, às 5h55, o S&P 500 avançava 0,16%, o Nasdaq 100 subia 0,08% e o Dow Jones recuava 0,19%.

A agenda do dia traz o índice de preços ao produtor (PPI), que antecede a divulgação do CPI de agosto na quinta-feira. O consenso do mercado aponta para avanço mensal de 0,3% em ambos os indicadores, com inflação anual de 2,9% e núcleo em 3,1%. Os dados devem reforçar a expectativa de novo corte de juros pelo Fed em sua reunião da próxima semana.

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