Repórter
Publicado em 1 de julho de 2025 às 19h14.
Última atualização em 1 de julho de 2025 às 19h34.
Junho de 2025 entrou para a história como um mês de bonança para uma parcela seleta da bolsa brasileira. Nada menos que 20 ações dos índices Ibovespa, Small Caps (SMLL) e IDIV atingiram máximas históricas — sendo que 13 delas fecharam o mês exatamente no pico. Os dados são da Elos Ayta Consultoria.
O fenômeno não se deu por acaso. Mesmo com oscilações no cenário macroeconômico, determinados setores e empresas conseguiram capturar a atenção do mercado, alavancando suas ações a níveis recordes.
Entre os destaques estão empresas como C&A Modas (CEAB3), que saltou 155,87% no acumulado do primeiro semestre, e Moura Dubeux (MDNE3), com alta de 120,44%. Ambas chegaram aos seus maiores preços históricos no mês de junho, refletindo o apetite por ativos ligados ao consumo e ao setor imobiliário.
Ao todo, das 20 ações listadas:
Direcional (DIRR3) e Santos Brasil (STBP3) são componentes simultâneos dos três índices — um feito raro.
Um olhar por setor revela um padrão interessante. Cinco ações são de incorporações, que seguem em ritmo acelerado de valorização, especialmente entre as small caps. A queda dos juros reais, aliada à perspectiva de novo ciclo de crédito imobiliário, parece ter destravado valor em papéis. Alguns exemplos:
Entre os nomes ligados à distribuição de proventos, Tim (TIMS3) e Engie Brasil (EGIE3) se destacaram:
O setor de seguros e finanças também registrou bons desempenhos, com destaques para Porto Seguro (PSSA3) e BTG Pactual (BPAC11) — do mesmo grupo controlador da EXAME —, que teve com valorização de 56,20%, segundo a Elos Ayta.
Além dos dois papéis que subiram acima dos 100%, sete ações apresentaram rentabilidade entre 50% e 100% no primeiro semestre de 2025:
Outras 11 ações ficaram abaixo de 50%, mas mesmo assim atingiram seus picos — o que indica que para boa parte desses papéis o mercado ainda está em processo inicial de valorização.