Redação Exame
Publicado em 19 de setembro de 2025 às 08h26.
O Bradesco (BBDC4; BBDC3) anunciou nesta quinta-feira, 19, a aprovação do pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) intermediários, totalizando R$ 3 bilhões. O valor será de R$ 0,270146729 por ação ordinária e R$ 0,297161402 por ação preferencial.
Os acionistas que tiverem papéis do banco no dia 29 de setembro de 2025 (data-base de direito) serão os beneficiados, com as ações sendo negociadas "ex-direito" aos juros intermediários a partir de 30 de setembro.
O pagamento será efetuado até 30 de abril de 2026, com valores líquidos de R$ 0,229624720 por ação ordinária e R$ 0,252587192 por ação preferencial.
Juros sobre o capital próprio (JCP) são uma forma de remuneração das empresas aos seus acionistas, similar aos dividendos, mas com uma estrutura fiscal diferente. O JCP é pago pelas empresas a seus acionistas com base no patrimônio líquido da companhia e é deduzido como despesa operacional para a empresa, o que pode resultar em uma economia de imposto.
Ou seja, é um mecanismo que permite que a empresa distribua lucros aos seus sócios, reconhecendo o uso do capital investido, sem ser classificado como dividendos.
A principal diferença entre juros sobre capital próprio e dividendos está no tratamento tributário e na origem do pagamento.
Sim, os juros sobre o capital próprio estão sujeitos ao Imposto de Renda. Para os acionistas, o valor recebido a título de JCP é tributado na fonte à alíquota de 15%. Isso significa que a empresa realiza a retenção do imposto antes de repassar o valor ao acionista.
Vale ressaltar que, embora o JCP tenha essa tributação para o acionista, ele oferece uma vantagem para a empresa, pois é dedutível como despesa, resultando em uma redução na base de cálculo do Imposto de Renda corporativo.