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Brasil deve emitir em breve novo bônus de 10 anos em dólares

Segundo secretário do Tesouro Nacional, a volatilidade dos mercados internacionais diminuiu muito e abriu a janela para captações soberanas


	Dólar: alta liquidez do mercado internacional também contribui para um ambiente de maior demanda por papéis da dívida brasileira
 (Mark Wilson/Getty Images)

Dólar: alta liquidez do mercado internacional também contribui para um ambiente de maior demanda por papéis da dívida brasileira (Mark Wilson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2013 às 13h21.

Brasília - O governo brasileiro deverá fazer em breve uma emissão externa com um novo título de 10 anos denominado em dólares, disse nesta quarta-feira o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.

"O mais provável é dólar de 10 anos num novo papel", afirmou o secretário, ressaltando que a volatilidade dos mercados internacionais diminuiu muito e abriu a janela para captações soberanas.

"Cada vez mais a gente enxerga que isso (a emissão) deve ocorrer no próximo período. Estamos analisando o melhor momento de curto prazo, mas achamos que a volatilidade diminuiu muito", disse Augustin.

No começo do mês passado, uma fonte do governo havia adiantado à Reuters que o Brasil utilizaria um novo papel de 10 anos na próxima emissão, e que o país aguardava uma maior queda no rendimento do bônus referencial com vencimento em 2023 para fazer a emissão.

O Global 2023 está oferecendo nesta quarta-feira um rendimento de 2,722 por cento ao ano, ante rendimento de 3,301 por cento em 21 de março, quando atingiu o pico.

A alta liquidez do mercado internacional também contribui para um ambiente de maior demanda por papéis da dívida brasileira, com expectativa de queda nos yields.

O secretario do Tesouro vem dizendo repetidamente desde o início do ano que o momento da emissão está cada vez mais perto. O problema é que a volatilidade internacional, estimulada pelos problemas do Chipre, fez o governo frear os planos.

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