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Caged, tensões entre EUA e Brasil: o que move os mercados

Uma eventual conversa entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva está no radar, e pode influenciar o mercado cambial

Taxa de desemprego: o IBGE divulga, às 9h, dados da Pnad Contínua de julho (Grupo Cataratas/Divulgação)

Taxa de desemprego: o IBGE divulga, às 9h, dados da Pnad Contínua de julho (Grupo Cataratas/Divulgação)

Publicado em 4 de agosto de 2025 às 08h02.

Nesta segunda-feira, 4, os mercados operam sob expectativa moderada, com investidores de olho nos dados de emprego no Brasil, nos desdobramentos das tensões comerciais com os Estados Unidos e na possibilidade de cortes de juros, tanto no país quanto no exterior.

No Brasil, o principal destaque do dia é a divulgação do Caged de junho, às 14h30, que pode oferecer novos sinais sobre a resiliência do mercado de trabalho após a queda inesperada na taxa de desemprego registrada na semana passada.

O dado antecede a publicação da ata do Copom, nesta terça-feira, e pode reforçar a percepção de cautela da autoridade monetária sobre novos cortes na taxa Selic.

Mais cedo, o IPC-S da quarta quadrissemana de julho será divulgado pela FGV às 8h, seguido do Boletim Focus, às 8h25, com as últimas projeções para inflação, PIB, dólar e juros.

Ainda no campo doméstico, a Fenabrave deve divulgar hoje o número de emplacamentos de veículos em julho, sem horário definido.

No campo político, investidores acompanham possíveis articulações diplomáticas antes da entrada em vigor, na quarta-feira, 6, do tarifaço de 50% imposto pelos EUA contra o Brasil.

Uma eventual conversa entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva está no radar, e pode influenciar o mercado cambial.

Lula cumpre hoje uma série de despachos no Palácio do Planalto, com destaque para a sanção de um projeto de lei sobre o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) às 15h.

Nos EUA, a agenda de indicadores é mais leve, mas os mercados ainda digerem o payroll de julho, que veio abaixo do esperado e impulsionou as apostas de corte de juros em setembro.

Às 11h (de Brasília), será divulgado o volume de encomendas à indústria americana em junho. A expectativa é de retração após uma alta de 8,2% no mês anterior.

Ainda no exterior, o Banco do Japão publica hoje, às 20h50, a ata de sua última reunião de política monetária, e os índices PMI de serviços e composto do Japão e da China serão conhecidos ao longo da noite, com potencial impacto sobre as commodities.

Entre os balanços previstos para hoje no Brasil, o destaque é o do BB Seguridade, que será divulgado após o fechamento.

Mercados internacionais

As bolsas asiáticas fecharam mistas nesta segunda-feira, com o índice Nikkei, do Japão, em queda de mais de 2%, pressionado pela valorização do iene frente ao dólar após o relatório de empregos mais fraco nos EUA. Já os índices chineses ficaram estáveis, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,7%.

Na Europa, os principais mercados abriram em alta, refletindo o alívio nas taxas de juros futuras dos EUA e a expectativa por decisões de política monetária ao longo da semana. Por volta das 7h50, o índice DAX, da Alemanha, avançava 1,07%, o CAC 40, da França, subia 0,81% e o pan-europeu Stoxx 600 ganhava 0,56%. No Reino Unido, o FTSE 100 subia 0,29%.

Os futuros das bolsas americanas operavam no positivo no mesmo horário, recuperando parte das perdas da sexta-feira. O Dow Jones futuro subia 0,57%, o S&P 500 futuro avançava 0,61% e o Nasdaq 100 futuro tinha alta de 0,78%.

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