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Canal do Panamá planeja licitação de portos antes de acordo com BlackRock e MSC

Dois portos serão concedidos por 20 anos, com expectativa de gerar US$ 500 milhões anuais adicionais

(Arquivo) Transporte de carga no Panamá (AFP)

(Arquivo) Transporte de carga no Panamá (AFP)

Publicado em 27 de agosto de 2025 às 05h10.

A Autoridade do Canal do Panamá anunciou nesta terça-feira, 26, ter planos de vender direitos sobre dois portos ainda a serem construídos, com o objetivo de aumentar a concorrência e reduzir a influência de grandes operadores, como a Mediterranean Shipping Co. (MSC) e a estatal chinesa Cosco.

O The Wall Street Journal destacou que a iniciativa ocorre em meio a negociações envolvendo a BlackRock e a MSC, que fecharam acordo para comprar participações majoritárias em portos operados pela Hutchison, de Hong Kong.

Conforme notificou o jornal, a Cosco, que também tem interesse na região, não poderá participar do processo de licitação por ser uma entidade governamental.

Licitações e impactos financeiros

Os dois terrenos, localizados em lados opostos do Canal, serão oferecidos a empresas que construirão e administrarão os portos por um período de 20 anos. O porto no Atlântico ficará na Ilha Telfers, próximo a um terminal de gás natural em construção.

Empresas como APM Terminals, da dinamarquesa Maersk, e a francesa CMA CGM devem apresentar propostas. A expectativa é que, após a assinatura das concessões, os novos portos adicionem cerca de US$ 500 milhões à receita anual do Canal, atualmente em aproximadamente US$ 5 bilhões.

O acordo maior envolvendo BlackRock, MSC e Hutchison, estimado em US$ 22,8 bilhões, inclui dezenas de outros portos ao redor do mundo e poderá incorporar a Cosco como parceira nos portos de Balboa e Cristóbal, embora haja resistência política dos Estados Unidos à participação chinesa.

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