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Casas Bahia (BHIA3) dá mais um passo para ter novo controlador: entenda

Debêntures devem ser transferidas do Bradesco e do Banco do Brasil para a gestora Mapa Capital, que irá convertê-los em ações

Casas Bahia: margens mostram melhora sequencial (Casas Bahia/Divulgação)

Casas Bahia: margens mostram melhora sequencial (Casas Bahia/Divulgação)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 1 de julho de 2025 às 09h55.

Última atualização em 1 de julho de 2025 às 17h03.

A Casas Bahia (BHIA3) deu mais um passo para ter um novo acionista majoritário: a Mapa Capital.

Na semana passada, a gestora assinou um memorando para assumir debêntures da varejista que estavam em poder do Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) com a intenção de converter esses títulos de dívida em ações ordinárias.

Nesta segunda-feira, 30, a varejista comunicou, em fato relevante, que os debenturistas da 10ª emissão de debêntures simples aprovaram, em assembleia, a antecipação da janela de conversão dos títulos. Com a mudança, os investidores poderão fazê-lo a partir de junho de 2025.

O Broadcast informou que a operação vai trocar R$ 1,6 bilhão em dívida por ações da empresa, de acordo com fontes. Assim, a Mapa Capital, assumiria o controle da varejista com cerca de 80% do capital.

Casas Bahia não informa qual percentual do capital a gestora passaria a deter com a conversão das debêntures.

Como Bradesco e BB detinham mais da metade dos títulos e participavam ativamente do plano de reestruturação da dívida — em discussão há vários meses — o mercado já considerava a aprovação como garantida.

A conversão, no entanto, depende de aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em outro fato relevante da semana passada, a Casas Bahia afirma que a expectativa é que a operação seja concluída até o final de agosto deste ano.

A varejista, no entanto, não explica como ficaria a posição dos atuais sócios após a conversão e o quão diluído os minoritários seriam.

Cronograma ajustado

Também foi aprovada a postergação do primeiro pagamento de juros das debêntures da 1ª série desta emissão, que agora ocorrerá em novembro de 2027. Com isso, o cronograma de amortização também foi ajustado.

Os debenturistas autorizaram ainda que, pelo prazo de 12 meses, a companhia possa realizar eventos de liquidez sem a obrigatoriedade de destinar os recursos obtidos à amortização antecipada da dívida.

Segundo a ata da assembleia, 77,24% das debêntures em circulação estavam representadas na reunião. As propostas foram aprovadas por 56,21% dos votos, enquanto 19,75% se abstiveram e 1,28% votaram contra.

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