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Cautela dá o tom na Bovespa antes de dados dos EUA

Nesta terça-feira (13), o índice da Bovespa testou o suporte de 56.500 pontos, mas conseguiu encontrar forças nos mercados internacionais para fechar em alta


	Às 10h33, o Ibovespa recuava 0,77%, aos 57.044,39 pontos
 (©AFP / Yasuyoshi Chiba)

Às 10h33, o Ibovespa recuava 0,77%, aos 57.044,39 pontos (©AFP / Yasuyoshi Chiba)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2012 às 10h11.

São Paulo - A Bovespa abriu pressionada para baixo nesta quarta-feira, buscando definir uma direção, enquanto investidores aguardam a divulgação de indicadores econômicos e a ata da última reunião de política monetária nos Estados Unidos.

Os principais temas, no entanto, continuam sendo o desenrolar da crise grega e o os esforços do governo de Barack Obama para evitar que o país caia no abismo fiscal em 2013. O mercado acionário também monitora a reta final da escolha do novo líder na China.

Às 10h33, o Ibovespa recuava 0,77%, aos 57.044,39 pontos. Nesta terça-feira (13), o índice da Bovespa testou o suporte de 56.500 pontos, mas conseguiu encontrar forças nos mercados internacionais para fechar em alta, após quatro quedas consecutivas. Mas após o fechamento do pregão paulista, as bolsas nova-iorquinas inverteram o sinal e isso se refletiu no after market, com queda das ações da Petrobras e da Vale.

Um operador disse à Agência Estado que o movimento positivo de ontem na Bolsa brasileira ocorreu graças aos compradores locais. "Houve ontem uma saída forte de investidor estrangeiro, puxada por Morgan Stanley, Merrill Lynch e UBS, e que quem segurou a Bovespa foram os locais", explicou.

Na Europa, a revolta popular contra várias de medidas de austeridade se traduz em greve geral hoje na Espanha, Itália, Portugal e Grécia. Naquele horário, as bolsas operavam em queda, após dados fracos sobre a economia da região. Londres -0,53%; Paris -0,43%; Frankfurt -0,43%; Milão -0,49%; Madri -0,29%; Lisboa -0,13%.


O PIB da Grécia caiu 7,2% no terceiro trimestre ante o mesmo período de 2011, com o país já no quinto ano de recessão. Em Portugal, o PIB caiu 3,4% no terceiro trimestre ante o mesmo período de 2011, marcando o oitavo trimestre seguido de contração econômica. Particularmente em relação à Grécia, a situação permanece envolta em incertezas. O país deve conseguir renegociar sua dívida na sexta-feira, mas ainda não sabe quando virá a nova tranche de ajuda financeira.

Na agenda americana, o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em ingles) do Federal Reserve divulga ata às 17h. Antes disso, saem dados de vendas no varejo e da inflação ao produtor (PPI) em outubro, às 11h30.

Ainda nos EUA, uma semana após se reeleger, Obama começa a articular conversas com congressistas para evitar que o abismo fiscal - um pacote de cortes agressivos de gastos e fim de isenção de alguns impostos - ocorra em janeiro de 2013. O presidente se reúne nesta quarta-feira com as principais empresas do país e representantes sindicais para tentar entrar em acordo sobre a redução da dívida federal. Na sexta-feira (16), Obama se encontra com líderes republicanos e democratas para dar início às negociações do Orçamento, pedindo uma receita adicional de US$ 1,6 trilhão na próxima década, um volume bem maior do que os republicanos gostariam.

Na China, o 18º Congresso do Partido Comunista, que define os novos líderes da segunda maior economia do mundo pelos próximos dez anos, entra em sua fase final. O atual presidente Hu Jintao deve ser sucedido pelo vice-presidente Xi Jinping.

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