Domino's Pizza: rede de franquia australiana procura outro nome para assumir o cargo de CEO antes do Natal. (Matt Cardy/Getty Images)
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Publicado em 2 de julho de 2025 às 12h07.
As ações da Domino’s Pizza Enterprises, operadora australiana da rede de pizzarias, caíram 16% nesta quarta-feira, 2, após o anúncio de que o CEO e diretor-geral, Mark van Dyck, deixará o cargo antes do Natal. Com isso, os papéis atingiram o menor valor em 11 anos.
Van Dyck, ex-executivo da Coca-Cola, assumiu a empresa em novembro do ano passado, no lugar de Don Meij, num momento em que a rede tentava manter as vendas após a pandemia de Covid-19, segundo informações da Reuters.
Em oito meses, Dyck implementou cortes de custos e fechou lojas de baixo movimento. Sua saída, prevista para 23 de dezembro, fez as ações despencarem 15,8%, encerrando a 16,96 dólares australianos - pior nível desde fevereiro de 2014 e maior queda diária desde janeiro de 2024.
Os papéis foram a segunda maior baixa do índice ASX 200 (índice que tem 200 principais ações australianas) no dia. Desde o pico histórico em setembro de 2021, quando as vendas dispararam e a empresa planejava expansão para a década seguinte, o papel acumula desvalorização de 90%.
“Um novo CEO vai demorar para ser nomeado, elevando o risco de um período prolongado de execução fraca, perdas e fuga de talentos”, afirmou John Lockton, da MST Financial, à Reuters.
Em 2024, o lucro operacional da empresa caiu para 8% e ficou em 36% abaixo do recorde de 2021. Após o anúncio recente, analistas passaram a projetar uma queda de 85% no lucro do ano fiscal de 2025, segundo dados da Visible Alpha.
A empresa, segundo a reportagem, já iniciou a busca por um novo CEO. Enquanto isso, Jack Cowin, presidente do conselho e maior acionista, deve assumir como presidente executivo interino antes do novo nome. Cowin ajudou a fundar o KFC na Austrália e teve papel-chave na expansão da Domino’s para Europa e Ásia.
A Domino’s Pizza Enterprises é a maior franquia máster da rede norte-americana Domino’s, com operações em 12 países da Ásia, Europa, Austrália e Nova Zelândia. O Japão representa cerca de 20% das lojas do grupo.