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CEO do BMG (BMGB4) afirma que foco em 2021 é crescer com rentabilidade

CEO do banco mineiro, Ana Karina Bortoni Dias, e head de RI falaram dos planos para este ano na edição da semana do programa Papo Aberto, da EXAME Invest Pro

Ana Karina Bortoni Dias: uma das convidadas da edição do programa Papo Aberto, da EXAME Invest Pro (Leandro Fonseca/Exame)

Ana Karina Bortoni Dias: uma das convidadas da edição do programa Papo Aberto, da EXAME Invest Pro (Leandro Fonseca/Exame)

No programa Papo Aberto desta quarta-feira, 8, o analista Vitor de Melo, da EXAME Invest Pro, entrevistou a CEO do banco BMG (BMGB4), Ana Karina Bortoni Dias, e o head de Relações com Investidores da instituição financeira, Danilo Herculano. Segundo a CEO do banco mineiro, o foco do BMG em 2021 é crescer com rentabilidade.

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"Temos que fazer o cliente ver o nosso banco como o primeiro, para que ele faça os depósitos e os investimentos com a gente. Posso dizer que em 2020 consolidamos o banco digital. E, em 2021, o foco é continuar crescendo, mas com rentabilidade", reforça Ana Karina Dias, que se destaca no mercado por ser a primeira mulher CEO de um banco da América Latina.

Formada em química e mestre em química orgânica, ela conta na entrevista como chegou ao cargo. Em 2010, ao começar a trabalhar na McKinsey & Company, fez uma mudança radical: de uma carreira acadêmica para uma consultoria de alta gestão. Após ser eleita sócia e liderar diversas transformações, assumiu o conselho do Banco BMG em 2019.

BMG (BMGB4): banco digital completo

 

O banco mineiro possui mais de 90 anos de história. Ele é conhecido por ser um dos primeiros do país e pelo pioneirismo na oferta de crédito consignado, que democratizou o acesso a crédito com juros mais baixos.

Por ter uma longa trajetória, o banco passou por um grande processo de digitalização e reforço tecnológico diferente de outras instituições. "Essa transformação envolve evoluir para um banco digital completo", destaca Dias.

Ela explica que isso amplia a missão da instituição de popularizar os serviços financeiros. Afinal, durante o processo, o BMG atraiu uma nova base com foco no digital, sem se desfazer da outra, composta por clientes antigos.

No quarto trimestre de 2020, o BMG abriu 12.400 contas por dia útil, o que totalizou 2,6 milhões de contas digitais abertas. O lucro líquido recorrente do banco mineiro (que exclui efeitos do ágio e eventos não recorrentes) saltou 29,7%, para 96 milhões de reais.

Sobre a abertura de novas contas daqui em diante, Bortoni Dias afirmou que o olhar do banco não é de "desaceleração" neste quesito. "Continuamos crescendo muito. Queremos cada vez mais trabalhar o cliente como um todo. Somamos o crescimento do número de clientes com o trabalho de oferecer o banco completo”, afirma.

Efeitos da pandemia

 

Os executivos que participaram do Papo Aberto esta semana explicaram ainda a diminuição do ROE (Retorno Sobre o Patrimônio Líquido) do BMG.

Para Herculano, a queda no indicador financeiro aconteceu, em partes, por causa da pandemia. Ela freou a principal carteira do banco, e mais rentável, que é a de crédito emergencial. "Rapidamente a administração conseguiu retomar, mas de fato teve esse impacto", disse o head de R.I do BMG.

Veja a íntegra do programa semanal Papo Aberto com o BMG:

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