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Copel avança para o Novo Mercado da B3 e promete maior atratividade para investidores

Proposta de migração ao Novo Mercado visa melhorar a governança da Copel e atrair investidores internacionais, sem afetar a política de dividendos da empresa, diz BTG

Publicado em 24 de junho de 2025 às 07h09.

Última atualização em 24 de junho de 2025 às 07h10.

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A Copel (CPLE6) anunciou na noite de segunda-feira, 23, uma proposta para migrar para o Novo Mercado da B3, segmento que reúne empresas com as mais altas práticas de governança corporativa.

A migração, segundo a empresa, irá reforçar a governança da companhia e aumentar sua atração por investidores estrangeiros, ampliando a liquidez de suas ações e melhorando sua visibilidade no mercado financeiro.

Segundo o BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME), a migração ao Novo Mercado será um marco importante pós-privatização, permitindo à Copel expandir sua base de investidores e garantir maior transparência nas suas operações.

Segundo o banco, "a operação está alinhada com a estratégia de governança de longo prazo da empresa", que visa continuar priorizando a alocação eficiente de capital, com alto retorno sobre o investimento e manutenção de dividendos atrativos para os acionistas.

Entenda a proposta

Entre os principais pontos da proposta, destaca-se a reestruturação da governança, com o objetivo de aumentar a atratividade da empresa para investidores internacionais e permitir a ampliação dos direitos de voto para os acionistas preferencialistas, que se converterão em acionistas ordinários.

O BTG destaca que a criação de uma nova classe de ações preferenciais compulsoriamente resgatáveis (PNC), com o resgate de R$ 0,7749 por ação, proporciona uma distribuição eficiente de capital, sem diluição para os acionistas e utilizando as reservas de lucros da empresa.

Além disso, a proposta visa a reorganização do capital social da Copel, que passará a ser representado exclusivamente por ações ordinárias e por uma golden share preferencial do Estado do Paraná.

O banco reforça que a transição para o Novo Mercado não afeta a política de dividendos da Copel, que manterá um payout mínimo de 75%. Para os analistas, isso é visto como um fator positivo, já que a política de dividendos robusta está em sintonia com os interesses de longo prazo dos acionistas, ao mesmo tempo que assegura uma alocação eficiente de capital.

Os analistas também projetam que, com a migração e as mudanças propostas, a Copel poderá ver uma melhoria substancial em sua liquidez e na valorização de suas ações, tanto no mercado nacional quanto no internacional. Isso reflete uma estratégia de longo prazo focada em valorização sustentável, que deverá continuar a gerar resultados positivos para a empresa, alinhada com a melhoria das suas práticas de governança e transparência.

A conclusão do processo, dependendo da aprovação dos acionistas, deverá ocorrer até o final de 2025, quando, segundo o BTG Pactual, a Copel passará a figurar como uma das empresas mais bem avaliadas no Novo Mercado, com uma estratégia de governança robusta e um apelo maior a investidores estrangeiros.

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