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Corretora corta ações do BicBanco após resultado “bem abaixo” do esperado

PAX reduziu o preço-alvo do banco em 30% após os números do 2º trimestre

BicBanco: Um grande entre os médios (Wania Corredo/EXAME.com)

BicBanco: Um grande entre os médios (Wania Corredo/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2011 às 17h51.

São Paulo – A equipe de pesquisa da corretora PAX reduziu nesta segunda-feira (15) o preço-alvo para as ações preferenciais do BicBanco (BICB4), principalmente após incorporar em sua análises a publicação dos resultados que vieram “bem abaixo” das expectativas, além do cenário de incertezas e da visão pessimista passada pela administração da instituição financeira durante teleconferência com acionistas.

Em relatório, a PAX, liderada pelo analista Gregório Matias, reduziu sua projeção de preço-alvo para os papéis do BicBanco de 13,62 reais para 9,64 reais, o que representa um potencial de valorização de 26,50% frente à cotação de 7,62 reais vista no fechamento do último pregão. A recomendação é para manter os papéis.

A corretora explica que os resultados do BicBanco vieram “bem abaixo” das estimativas e das perspectivas do mercado. Isso porque a instituição financeira optou, entre outros fatores, por ampliar o caixa disponível para 3,2 bilhões de reais através de uma forte redução no ritmo de crescimento das operações de crédito.

Além disso, o banco ainda ampliou o patamar de provisão para devedores duvidosos (PDD) para 3,9% da carteira de créditos, especialmente devido às “incertezas na economia mundial e da percepção que a capacidade de pagamento de alguns dos seus clientes está comprometida”.

“Diante da decisão de aumentar o nível de caixa através de redução nas operações de crédito e ampliação de PDD, consequentemente os indicadores de rentabilidade (da instituição financeira) pioraram”, justifica a corretora.

O lucro líquido do banco no segundo trimestre atingiu 66,9 milhões de reais, o que representa uma queda de 18,4% na comparação com o trimestre anterior, além de uma redução de 31,8% em termos anuais. “O importante é não se deixar enganar pelo lucro líquido”, pois “a situação real é ainda pior”, alerta a PAX.

O lucro de abril-junho do BicBanco foi afetado positivamente por um efeito não recorrente decorrente de um ativo fiscal diferido de 65,6 milhões de reais, o que fez com que a empresa - ao invés de pagar imposto - recebesse um valor líquido de 9 milhões de reais. “Caso tivéssemos no trimestre a tributação média histórica de 30%, o lucro teria sido de apenas 42,6 milhões de reais”, justifica a corretora.

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