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Depois da tempestade, a bonança: BTG volta a recomendar compra de CBA (CBAV3); ações sobem 5%

Banco aponta um potencial de valorização de mais de 60% para as ações da produtora de alumínio

CBA: banco vê a empresa tendo o maior retorno em geração de caixa por ação (FCF yield) na sua cobertura de empresas de mineração e siderurgia (CBA/Divulgação)

CBA: banco vê a empresa tendo o maior retorno em geração de caixa por ação (FCF yield) na sua cobertura de empresas de mineração e siderurgia (CBA/Divulgação)

Publicado em 28 de março de 2025 às 16h06.

Última atualização em 28 de março de 2025 às 16h40.

Depois que uma tempestade perfeita fez disparar os níveis de endividamento da CBA (CBAV3), o BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) vê um cenário muito mais benigno para a fabricante de alumínio do grupo Votorantim à frente.

O banco elevou a recomendação dos papéis de “neutro” para “compra”, e elevou o preço-alvo de R$ 6,5 para R$ 8 por ação. É um potencial de valorização de mais de 60% em relação ao fechamento de ontem.

O call fez o preço e as ações da CBA chegarem a subir 8% no começo do pregão. Por volta das 15h30, avançavam 5,5%, na contramão da queda do Ibovespa.

Na avaliação do BTG, a alavancagem já não é mais um problema para a companhia — mas o mercado não reconheceu isso e ainda não refletiu a transferência de valor da empresa que estava na dívida para seu valor de mercado.

“Com a alavancagem agora em 2,8 vezes e se encaminhando para um patamar de 2 vezes ao fim do ano, acreditamos que as ações ainda não refletem esse risco muito menor no balanço, escreveram os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi em relatório.

O BTG tinha rebaixado sua recomendação para os papéis na CBA no fim do ano passado quando a alavancagem da companhia bateu próxima das 10 vezes.

O inferno astral da companhia no ano passado foi impulsionado por preços mais baixos do alumínio, custos de insumos mais altos, e instabilidade operacional em suas fundições devido a um problema de oferta de coque.

Os problemas, contudo, foram superados. As operações se normalizaram, a empresa fez um processo bem-sucedido de gestão da dívida e vendeu ativos — principalmente a Alunorte —, o que ajudou a reduzir os passivos.

“As operações da empresa estão relativamente estáveis, os livros de pedidos saudáveis ​​e o capex sob controle”, ressalta o BTG.

Os preços do alumínio também se recuperaram, saindo de US$ 2,2 mil para US$ 2,6 mil por tonelada. Na sua modelagem, o BTG prevê esse patamar para este ano e o próximo — mas não descarta altas adicionais, em meio à demanda mais aquecida.

Nesse cenário, o banco vê a CBA tendo o maior retorno em geração de caixa por ação (FCF yield) na sua cobertura de empresas de mineração e siderurgia, em 14% ao ano.

“Uma vez que a alavancagem atinja níveis mais confortáveis, entre 1 vez e 1,5 vez, vemos espaço para a empresa restabelecer os pagamentos de dividendos, o que poderia ainda mais realçar a atratividade da ação para os investidores”, diz Correa.

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