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Diretora do Fed renuncia ao cargo diante da pressão de Trump por queda dos juros

Segundo um comunicado, Adriana Kugler vai deixar o cargo em 8 de agosto

Adriana Kugler: diretora do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA (Drew Angerer/Getty Images)

Adriana Kugler: diretora do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA (Drew Angerer/Getty Images)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 1 de agosto de 2025 às 17h05.

Última atualização em 1 de agosto de 2025 às 17h33.

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A diretora do Federal Reserve (Fed), Adriana Kugler, anunciou sua saída do conselho do banco central nesta sexta-feira, 1º de agosto. A informação foi divulgada pelo banco central dos Estados Unidos em um comunicado.

“Foi uma honra única servir no Conselho de Governadores do Sistema do Federal Reserve”, afirmou a diretora. “Sinto-me especialmente honrada por ter servido em um período tão crítico, buscando cumprir nosso duplo mandato de reduzir os preços e manter um mercado de trabalho forte e resiliente.”

O mandato de Adriana Kugler terminaria em janeiro de 2026, mas sua renúncia ocorre no momento em que o Fed enfrenta pressões intensas do presidente americano Donald Trump e seus aliados, que pedem uma redução das taxas de juro, algo que o Fed tem se recusado a fazer ao longo deste ano.

Além disso, a decisão de Kugler acontece em meio à insistência de Trump e altos funcionários do governo para encontrar um substituto para o presidente do Fed, Jerome Powell, cuja liderança no banco central chega ao fim em maio de 2026.

Kugler, que ocupa o cargo de diretora do Fed desde setembro de 2023, terá sua renúncia efetivada a partir de 8 de agosto. Ela retornará ao cargo de professora na Universidade de Georgetown.

O que pode acontecer ao Fed com a saída de Adriana Kugler?

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, sugeriu que a Casa Branca poderia nomear alguém para ocupar  a vaga de Kugler e, posteriormente, promover essa pessoa à presidência.

Com a saída da diretora, o presidente Donald Trump terá a oportunidade de nomear um novo membro para o Conselho de Governadores, o que pode fortalecer sua influência no comitê responsável por determinar a política monetária dos Estados Unidos.

Dois dos indicados por Trump para o Fed, Christopher Waller e Michelle Bowman, já expressaram apoio à redução das taxas de juro, alinhando-se assim com a agenda do presidente.

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