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Discurso de Powell, chips da Nvidia e acordo da Meta: o que move os mercados

Investidores aguardam sinais sobre juros no simpósio de Jackson Hole, enquanto Nvidia enfrenta pressões na China e Meta fecha parceria bilionária com o Google

Jerome Powell chega ao simpósio de Jackson Hole ao lado da esposa: discurso do presidente do Fed é o momento mais aguardado pelos investidores (Natalie Behring/Getty Images)

Jerome Powell chega ao simpósio de Jackson Hole ao lado da esposa: discurso do presidente do Fed é o momento mais aguardado pelos investidores (Natalie Behring/Getty Images)

Publicado em 22 de agosto de 2025 às 08h33.

Nesta sexta-feira, 22, os mercados globais amanhecem em compasso de espera pelo evento mais aguardado da semana. Às 11h (horário de Brasília), Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), sobe ao palco do simpósio de Jackson Hole. A expectativa é que, no seu discurso, ele dê algum direcionamento sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos até o fim do ano.

Powell também deve tocar em outro ponto sensível: a independência do banco central. Nesta semana, o presidente americano Donald Trump pediu a renúncia da diretora Lisa Cook, intensificando a pressão sobre o Fed.

No Brasil, o destaque do dia é a participação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no 24º Fórum Empresarial Lide, no Rio de Janeiro, às 17h15.

Tecnologia em foco

Além do Fed, o setor de tecnologia concentra parte das atenções. A Nvidia teria pedido a fornecedores como Foxconn, Amkor e Samsung que suspendam parte da produção do chip H20, voltado para a China.

Segundo informações da Reuters e do The Information, a decisão veio após autoridades de Pequim cobrarem esclarecimentos sobre supostos recursos de rastreamento remoto dos chips.

Em nota, a Nvidia limitou-se a dizer que “gerencia constantemente sua cadeia de suprimentos para se adequar às condições de mercado”.

Outra gigante que movimenta o noticiário é a Meta. A dona do Facebook fechou um acordo de US$ 10 bilhões com o Google para usar serviços de nuvem, incluindo servidores e armazenamento, pelos próximos seis anos.

No radar corporativo, Intuit e Zoom repercutem os balanços divulgados na véspera.

Mercados internacionais

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira. O Kospi, da Coreia do Sul, subiu 0,86%, enquanto o Kosdaq avançou 0,68%. No Japão, o Nikkei 225 teve leve alta de 0,05% e o Topix ganhou 0,58%. Na China continental, o CSI 300 saltou mais de 2%, e o Hang Seng, em Hong Kong, avançou 0,32%.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 perdeu 0,57% após a divulgação de que a inflação básica do país desacelerou de 3,3% para 3,1% em julho.

Na Europa, as bolsas operavam com altas moderadas por volta das 8h. O Stoxx 600 avançava 0,31%, o CAC 40 subia 0,27%, o DAX ganhava 0,15% e o FTSE 100 tinha alta de 0,15%.

Nos Estados Unidos, os futuros de Wall Street operavam em alta por volta das 8h, com o Dow Jones avançando 0,34%, o S&P 500 subindo 0,24% e o Nasdaq 100 ganhando 0,19%.

Na véspera, os principais índices fecharam no negativo: o S&P 500 recuou 0,4%, o Nasdaq caiu 0,34% e o Dow Jones perdeu 0,34%, marcando o quinto pregão consecutivo de baixas.

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