Disney: empresa aumenta previsões dos analistas nas três frentes de negócio (Disney/ Montagem EXAME)
Repórter de POP
Publicado em 7 de maio de 2025 às 09h21.
Última atualização em 7 de maio de 2025 às 12h06.
Não só a Netflix vive bem de streaming. Os concorrentes estão chegando lá, e os resultados do segundo trimestre fiscal de 2025 da Disney (DSNY), que acrescentou 1,4 milhões de assinantes ao Disney+ no período, são prova disso.
A empresa divulgou seu balanço financeiro nesta quarta-feira, 7, que se encerrou em 29 de março de 2025, e aumentou as previsões para o ano fiscal. A receita — de US$ 23,6 bilhões, no total — cresceu em seus três segmentos de negócios, com aumento foi de 7% na comparação ano a ano.
As receitas de entretenimento, experiência e esporte tiveram alta de 9%, 6% e 5%, respectivamente. O segmento de entretenimento, que inclui streaming e cinema, teve receita de US$ 10,68 bilhões.
E não parou por aí: a Disney apresentou lucro foi de US$ 3,27 bilhões no segundo trimestre deste ano, mais que o suficiente para reverter o prejuízo de US$ 20 milhões de 2024, e acima do esperado pelo mercado. As ações subiam mais de 6% no pré-mercado.
“Nossa performance excepcional neste trimestre, com lucro por ação ajustado crescendo 20% no ano, mostra o sucesso da execução de nossas prioridades estratégicas”, diz Bob Iger, diretor-presidente da Disney, em nota.
Se 2024 foi desafiador para a companhia, 2025 parece ter começado com o pé direito. O protagonista do bom resultado deste trimestre foi o Disney+, que teve um aumento expressivo no número de assinantes, acima do esperado pelos analistas. A base global chegou aos 126 milhões — Wall Street projetava 123,35 milhões, de acordo com o StreetAccount.
Até o final do ano, disse o diretor financeiro da empresa Hugh Johnston durante a reunião com investidores, a empresa deve faturar US$ 1 bilhão só com streaming.
Essa ambiciosa meta inclui, também, o futuro streaming de esporte que a ESPN espera lançar no segundo semestre. A programação esportiva da Disney caiu devido aos custos de programação e produção, mas ainda assim superou a projeção de Wall Street. A expectativa da companhia é prever lucro operacional do segmento de esportes de 18% até o fim de 2025.
No cinema, "Mufasa: O Rei Leão" e "Moana 2", lançados em dezembro do ano passado, conseguiram sobrevida nos primeiros meses de 2025. Foi o suficiente para recuperar as bilheterias de "Capitão América: Admirável Mundo Novo" (US$ 415 milhões) e "Branca de Neve" (US$ 202,4 milhões).
Depois do sufoco do ano passado, o segmento de experiências, que inclui parques, resorts e cruzeiros, voltou aos dias de ouro. O lucro operacional foi de US$ 2.5 bilhões, um aumento de 200 milhões em comparação com o mesmo período em 2024, e só os parques da Califórnia e Flórida cresceram 13%, para US$ 1.8 bilhão.
A conquista é resultado das vendas de pacotes de férias e do maior número de reservas após o lançamento do Disney Treasure em dezembro. E foi suficiente para partir expandir a rede: a companhia anunciou nesta quarta-feira a construção de seu sétimo resort de parques temáticos, desta vez em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Sua divisão de produtos de consumo viu sua receita aumentar 4%, para US$ 949 milhões, devido à maior receita de licenciamento do recém-lançado videogame Marvel Rivals.