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Dólar hoje fecha a R$ 5,91, mas reduz ganhos em meio a guerra comercial

A movimentação é reflexo do pânico dos investidores com a intensificação da guerra comercial, com a China anunciando uma retaliação contra as tarifas dos EUA

Donald Trump anunciou o plano de tarifas recíprocas, com taxas de 10% a 50% que serão aplicadas sobre as importações de mais de 180 países. (Saul Loeb/AFP)

Donald Trump anunciou o plano de tarifas recíprocas, com taxas de 10% a 50% que serão aplicadas sobre as importações de mais de 180 países. (Saul Loeb/AFP)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 7 de abril de 2025 às 09h26.

Última atualização em 7 de abril de 2025 às 17h11.

Com as fortes perdas nos mercados de ações globais nesta segunda-feira, 7, o dólar fechou em alta de 1,16%, cotado a R$ 5,91, às 17h11. A movimentação ainda é reflexo do pânico dos investidores com a intensificação da guerra comercial, com a China anunciando uma retaliação contra as tarifas dos Estados Unidos.

Os temores começaram quando Donald Trump anunciou o plano de tarifas recíprocas, com taxas de 10% a 50% que serão aplicadas sobre as importações de mais de 180 países. Os Estados Unidos impuseram 34% de taxas extras sobre as importações chinesas, e o governo chinês respondeu com tarifas da mesma magnitude sobre os produtos americanos.

Além disso, o mercado espera que a União Europeia anuncie o que seriam uma resposta ao "tarifaço" de Trump nesta semana.

Qual a diferença do dólar comercial para o dólar turismo?

O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.

Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.

Por que o dólar turismo é mais caro?

A cotação do dólar turismo é mais cara, pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.

Por que o dólar cai?

Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.

O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.

Quais os impactos da queda do dólar?

A queda do dólar frente ao real traz impactos significativos para a economia brasileira. Entre os principais efeitos estão:

  • Exportações: Com um real mais valorizado, as exportações brasileiras tornam-se mais competitivas, impulsionando o setor e favorecendo a balança comercial.
  • Inflação: Uma cotação do dólar mais baixa pode ajudar a conter a inflação, uma vez que reduz o custo de importação de produtos.
  • Investimentos estrangeiros: Um real mais forte pode atrair investimentos estrangeiros para o país, impulsionando a economia e estimulando o crescimento de diversos setores.
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