Mercados

Dólar tem pouca variação com reunião ministerial e alívio no exterior

Às 10:03, o dólar avançava 0,01%, a 4,1052 reais na venda

Câmbio: dólar tinha leves variações ante o real nesta terça-feira (Thomas Trutschel/Getty Images)

Câmbio: dólar tinha leves variações ante o real nesta terça-feira (Thomas Trutschel/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 21 de maio de 2019 às 09h11.

Última atualização em 21 de maio de 2019 às 11h12.

São Paulo — O dólar tinha leves variações ante o real nesta terça-feira, com investidores monitorando reunião ministerial do governo nesta manhã em meio a temores envolvendo a reforma da Previdência, e com algum alívio no exterior na disputa entre Estados Unidos e China.

Às 10:03, o dólar avançava 0,01%, a 4,1052 reais na venda.

Na véspera, a moeda norte-americana encerrou com variação positiva de 0,07%, a 4,1048 reais, em dia que a cotação bateu uma nova máxima em oito meses.

O dólar futuro perdia cerca de 0,02% neste pregão.

Nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro se reúne com ministros e membros do governo no Palácio do Planalto.

A articulação política, em especial no que tange a reforma da Previdência, permanece sendo o principal ponto de atenção de participantes do mercado, após dias de elevadas tensões na semana passada.

O sentimento é de que houve melhora no clima, mas ainda restam problemas a serem superados, em especial na relação entre Executivo e Legislativo.

"Ainda existem vários problemas acontecendo. Tem as manifestações convocadas para dia 26 que podem ser um tiro no pé para o Bolsonaro", disse Jefferson Laatus, sócio fundador do Grupo Laatus.

Na avaliação do economista, se as manifestações a favor do governo forem pequenas, passará a mensagem que o presidente conta com pouco apoio.

Por outro lado, se forem grandes, acirra ainda mais a briga com o Congresso, o que pode ser extremamente prejudicial uma vez que o governo precisa que o Parlamento vote uma série medidas provisórias que estão prestes a caducar, em 3 de junho, inclusive a MP que reestruturou os ministérios.

"Se ele não aprovar para ser mantida a MP dos ministérios, vai gerar uma série de problemas. Vai ter que criar 10 ministérios, o que vai aumentar custos e dificultar o cumprimento da regra de ouro", explicou.

Segundo economistas da XP Investimentos, "a capacidade de mobilização popular do presidente virou agora um teste auto imposto".

Na segunda-feira, Bolsonaro disse que a classe política é o grande problema que impede o Brasil de dar certo, mas depois mudou o tom, dizendo que valoriza o Parlamento e que os deputados e senadores terão a palavra final sobre o texto da reforma da Previdência.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que vem sendo um dos principais nomes a articular a reforma, também disse na véspera que o Parlamento é a casa do diálogo e da garantia da democracia, criticando o que chamou de "radicalismos.

Acompanhe tudo sobre:DólarDólar comercialMercado financeiro

Mais de Mercados

UnitedHealth enfrenta investigação do Departamento de Justiça dos EUA

Com mudança na composição acionária, Azul (AZUL4) anima mercado com EBITDA recorde

Bolsa abre no Carnaval? Veja o funcionamento da B3 nos dias 3, 4 e 5 de março