Mercados

Dólar devolve parte de perdas e fecha quase estável

Na BM&F, o dólar à vista fechou em R$ 1,8273, com queda de 0,23%

A divisa norte-americana passou a segunda parte da sessão em declínio ante o real (Karen Bleier/AFP)

A divisa norte-americana passou a segunda parte da sessão em declínio ante o real (Karen Bleier/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2012 às 17h19.

São Paulo - O choque de realidade ditou o tom no exterior nesta quarta-feira, após o otimismo no retorno aos negócios pelas principais praças financeiras ontem. A renovação do temor quanto ao nível de liquidez dos bancos na zona do euro fez com que investidores buscassem abrigo no dólar, chegando a colocar o euro abaixo de US$ 1,29 durante a sessão.

Por aqui, após descolar-se na maior parte do dia da alta em relação ao euro, principalmente, e ter renovado mínimas ante o real ao longo do dia, o dólar devolveu quase toda a perda intradia e fechou com leve baixa de 0,05%, cotado a R$ 1,8290 no balcão. O comportamento da moeda refletiu expectativas renovadas de que empresas brasileiras possam fazer captações externas no curto prazo, na esteira da reabertura do bônus brasileiro em dólar Global 2021 ontem, e por indícios de realocação estratégica de instituições na moeda brasileira. No balcão, a máxima da moeda norte-americana foi a R$ 1,8360 e a mínima, de R$ 1,8200.

Na BM&F, o dólar à vista fechou em R$ 1,8273, com queda de 0,23% (dados finais). Na máxima, atingiu R$ 1,8340 e, na mínima, R$ 1,8209. A divisa norte-americana passou a segunda parte da sessão em declínio ante o real, sugerindo que parte relevante desse comportamento tem cunho doméstico. Operadores argumentam que bancos estão com posições vendidas em dólares nos mercados à vista e futuro.

No exterior, depósitos overnight no Banco Central Europeu (ECB) alcançaram nova máxima histórica, indicando que os bancos continuam inclinados a manter recursos no BCE, evitando emprestar para outros bancos. O valor depositado pelos bancos na linha overnight do BCE, que paga taxa de juros de 0,25%, subiu para € 453,181 bilhões na terça-feira, de € 446,262 bilhões no dia anterior.

Os leilões de títulos soberanos da Alemanha e de Portugal tiveram yield mais baixos do que em leilões anteriores, enquanto Hungria foi obrigada a rejeitar as propostas para a troca de bônus, alegando que o yield (taxa de retorno) cobrado estava muito elevado. Analistas estimam que a Itália tem cerca de 200 bilhões de euros (US$ 260,6 bilhões) em dívida vencendo em 2012.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedas

Mais de Mercados

Ambipar perde R$ 4 bi em valor de mercado após conseguir proteção na Justiça contra credores

Assaí (ASAI3) fecha entre as maiores baixas do Ibovespa após processar GPA

Ibovespa fecha abaixo dos 146 mil pontos com dúvida sobre próximos passos do Fed

Dólar fecha em alta, a R$ 5,36, após dados fortes sobre economia dos EUA