Mercados

Dólar dispara mais de 2% e bate em R$3,85

Às 10h29, o dólar avançava 2,25 por cento, a 3,8433 reais na venda, chegando a 3,8524 reais na máxima do dia


	Dólares: às 10h29, o dólar avançava 2,25 por cento, a 3,8433 reais na venda, chegando a 3,8524 reais na máxima do di
 (thinkstock)

Dólares: às 10h29, o dólar avançava 2,25 por cento, a 3,8433 reais na venda, chegando a 3,8524 reais na máxima do di (thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2015 às 11h21.

São Paulo - O dólar disparava mais de 2 por cento em relação ao real nesta terça-feira, refletindo a aversão ao risco nos mercados globais após números mistos sobre a economia chinesa e a apreensão dos investidores com eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que torna o ambiente político ainda mais conturbado.

Às 10h29, o dólar avançava 2,25 por cento, a 3,8433 reais na venda, chegando a 3,8524 reais na máxima do dia. Na semana passada, a moeda norte-americana acumulou queda de 4,74 por cento, maior baixa semanal desde o fim de 2011.

"A semana passada foi bastante positiva nos mercados externos, mas o humor virou hoje com os dados da China", disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato, acrescentando que "a questão do impeachment vai ser o grande tema desta semana".

Uma queda mais forte nas importações da China, importante referência para investidores em mercados emergentes, em setembro deixou economistas divididos sobre a performance do setor comercial do país, apesar de as exportações terem caído menos que o esperado. Com isso, o dólar subia contra moedas como os pesos chileno e mexicano.

No Brasil, o cenário político conturbado também pressionava o câmbio.

Segundo notícias veiculadas na imprensa brasileira, a oposição deve apresentar nesta terça-feira aditamento ao pedido de impeachment de Dilma para acrescentar argumento de que o governo manteve neste ano as chamadas pedaladas fiscais que levaram à reprovação das contas de 2014 pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Havia expectativa de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), possa dar resposta sobre o pedido de abertura de um processo de impedimento nesta terça-feira, mas o cenário ainda era bastante turvo.

Ainda mais após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki de conceder liminar suspendendo decisões de Cunha sobre o impeachment levantadas por questões de ordem pela oposição.

"A semana começa quente em Brasília", resumiu o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.

Nesta manhã, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, com oferta de até 10.275 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffPersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilCâmbioDólarMoedas

Mais de Mercados

Reservas de BCs com ouro ultrapassam as de títulos do Tesouro dos EUA pela 1ª vez desde 1996

Dólar sobe pela 3ª sessão seguida com aumento de percepção de risco sobre economia global

Ibovespa fecha em queda com mercado repercutindo resultado do PIB do segundo trimestre

Warren Buffett diz estar frustrado com a divisão da Kraft Heinz; ações caem após declaração