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Redação Exame
Publicado em 26 de setembro de 2025 às 17h06.
O dólar fechou em queda de 0,47% nesta sexta-feira, 26, a R$ 5,338, após oscilar entre R$ 5,336 e R$ 5,366, acompanhando o movimento global. A moeda americana intensificou a queda após a divulgação de novos dados sobre a inflação dos Estados Unidos.
Os dados do PCE de agosto nos EUA vieram conforme o esperado, reforçando a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) deve manter a sua trajetória de corte de juros. Diretores do banco central americano sinalizaram na semana passada a intenção de promover mais dois cortes de 0,25 ponto percentual até o fim do ano.
O índice subiu 0,3% no mês, levando a taxa anual da inflação geral para 2,7%. O resultado representa uma leve aceleração em relação aos 2,6% de julho. Enquanto isso, o núcleo, que exclui alimentos e energia — e é o indicador principal que o Fed considera para suas projeções — se manteve estável em 2,9% ao ano.
“Um ponto interessante do relatório é a indicação de que as tarifas impostas pelo governo do ex-presidente Donald Trump tiveram um repasse limitado para os preços ao consumidor. Autoridades do Fed, incluindo seu presidente, Jerome Powell, avaliam que o impacto das tarifas tende a ser um choque pontual nos preços, e não uma causa de longo prazo para a inflação, mas ainda com cautela”, explica Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.
Além disso, o fluxo de recursos estrangeiros para o Brasil, mais de US$ 4 bilhões líquidos em setembro, ajudou a sustentar o real.
O dólar à vista é o valor negociado no mercado de câmbio para liquidação imediata, geralmente em até dois dias úteis. Esse tipo de câmbio é bastante utilizado em operações de curto prazo feitas por empresas e instituições financeiras.
A cotação do dólar à vista reflete o valor real de mercado no momento da transação, oferecendo transparência para quem precisa fechar negócios com rapidez.
O dólar futuro corresponde a contratos de compra e venda da moeda para liquidação em uma data futura. Essa modalidade é negociada na Bolsa de Valores e ajuda empresas e investidores a se protegerem da volatilidade cambial.
Sua cotação varia conforme as expectativas do mercado em relação à economia, podendo se distanciar bastante do dólar à vista em momentos de incerteza.