Dólar: moeda fecha em queda nesta segunda-feira, 21 (SimpleImages/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 21 de julho de 2025 às 17h16.
O dólar fechou a segunda-feira, 21, com queda de 0,40%, cotado a R$ 5,565, devolvendo parte da alta observada na sexta-feira, 18. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,6119. A 11 dias do início do “tarifaço” dos Estados Unidos sobre o Brasil, os investidores seguem atentos à tensão comercial.
“A moeda vem se comportando de forma estável por aqui nos últimos dias, com pequenas oscilações no dia a dia. O fluxo de capital estrangeiro mantém o dólar sob controle mesmo com todo o risco das tarifas”, explica Luiz Marques Júnior, da Valor Investimentos.
Na noite de sexta, após o dólar ter fechado em alta, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, revogou os vistos americanos do ministro do STF Alexandre de Moraes, “de seus aliados e de seus familiares imediatos”.
Na manhã desta segunda, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à CBN que o governo brasileiro “não vai sair da mesa de negociação” com os EUA em relação ao "tarifaço". O ministro acrescentou que a equipe econômica já está elaborando um plano de contingência para apoiar os setores impactados pelo eventual "tarifaço". Haddad ainda ressaltou que o objetivo não é retaliar, mas sim evitar medidas que comprometam a economia brasileira.
No dia 9 de julho, o presidente americano, Donald Trump, anunciou tarifas de 50% para produtos brasileiros. Em tese, a taxa entra em vigor em 1º de agosto, mas ainda não foi oficializada por uma ordem executiva. Assim, o governo brasileiro tenta negociar formas de evitar o “tarifaço”.
Em manifestações recentes, o presidente Lula já disse que o Brasil aceita negociar tarifas com os americanos, mas que o país não aceitará interferência externa e está pronto para usar a lei da reciprocidade econômica — e até recorrer à Organização Mundial de Comércio (OMC).
Pela manhã, a mediana das projeções do Boletim Focus para o IPCA de 2026 caiu de 4,50% para 4,45%, ficando abaixo do teto da meta pela primeira vez desde março. A queda reflete a perspectiva de desaceleração da economia e possíveis efeitos desinflacionários das tarifas dos Estados Unidos.
O dólar à vista é o valor negociado no mercado de câmbio para liquidação imediata, geralmente em até dois dias úteis. Esse tipo de câmbio é amplamente utilizado por empresas e instituições financeiras em operações de curto prazo, oferecendo uma cotação com base no valor real de mercado no momento da transação.
O dólar futuro é uma cotação projetada para contratos de compra e venda de dólares a serem liquidados em datas futuras. Esse tipo de dólar é negociado na Bolsa de Valores, permitindo que empresas e investidores se protejam contra a volatilidade cambial. A cotação do dólar futuro pode variar bastante, pois leva em consideração as expectativas do mercado sobre a economia.