Dólar: moeda dispara mais de 2% após Trump criticar a China (Rmcarvalho/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 10 de outubro de 2025 às 17h23.
O dólar à vista fechou a sessão desta sexta-feira, 10, em alta de 2,39%, a R$ 5,503, após oscilar entre R$ 5,362 e R$ 5,518.
O dólar disparou hoje em meio a um cenário de forte aversão ao risco, com o real liderando as perdas entre moedas emergentes, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticar a China.
Trump afirmou que "muitas contramedidas estão sendo consideradas em relação à China", acrescentando que a situação atual havia alterado seus planos de encontro com o presidente chinês, Xi Jinping. "Eu deveria me encontrar com Xi em duas semanas. Agora não parece haver motivo para isso", disse.
O estopim para o aumento da tensão veio depois de Trump apontar que a China havia feito um "movimento sinistro" ao implementar controles sobre as terras raras, recursos vitais para a produção de tecnologia avançada.
O presidente dos EUA também sugeriu um possível aumento nas tarifas sobre produtos chineses, o que intensificaria ainda mais o embate comercial entre as duas potências.
As bolsas americanas despencaram: Dow Jones caiu 1,90%, enquanto o S&P 500 perdeu 2,71% e o Nasdaq 100 recuou 3,56%. Já o Índice VIX, conhecido como índice do medo, chegou a disparar 30% durante a tarde.
O dólar à vista é o valor negociado no mercado de câmbio para liquidação imediata, geralmente em até dois dias úteis. Esse tipo de câmbio é bastante utilizado em operações de curto prazo feitas por empresas e instituições financeiras.
A cotação do dólar à vista reflete o valor real de mercado no momento da transação, oferecendo transparência para quem precisa fechar negócios com rapidez.
O dólar futuro corresponde a contratos de compra e venda da moeda para liquidação em uma data futura. Essa modalidade é negociada na Bolsa de Valores e ajuda empresas e investidores a se protegerem da volatilidade cambial.
Sua cotação varia conforme as expectativas do mercado em relação à economia, podendo se distanciar bastante do dólar à vista em momentos de incerteza.