(Designed by/Freepik)
Redação Exame
Publicado em 15 de outubro de 2025 às 17h30.
O dólar à vista fechou a sessão desta quarta-feira, 15, em baixa de 0,14%, a R$ 5,462, após oscilar entre R$ 5,433 e R$ 5,471. A divisa acompanhou o enfraquecimento global da moeda americana, com o Índice DXY recuando 0,37%.
Um dos fatores que colaboraram com a queda da divisa foram as declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central americano) com tom mais dovish.
As falas, por sua vez, solidificaram as apostas de um novo corte de juros nos Estados Unidos no fim de outubro, estimulando fluxos para moedas emergentes. "O real se beneficiou desse movimento, ainda amparado pelo alto diferencial de juros, com a Selic mantida em 15%, o que continua favorecendo o carry trade", Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
O mercado também repercutiu o Livro Bege, divulgado nesta quarta. O documento citou perspectivas mistas para o crescimento econômico, pressões tarifárias na atividade industrial, maior quadro de demissões e preços elevados.
Na véspera, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que o "crescimento da atividade pode estar mais firme do que o esperado", mas que os riscos de queda para o emprego parecem ter aumentado. O discurso foi interpretado com um tom mais dovish, o que pode indicar um novo corte de juros em outubro.
O dólar à vista é o valor negociado no mercado de câmbio para liquidação imediata, geralmente em até dois dias úteis. Esse tipo de câmbio é bastante utilizado em operações de curto prazo feitas por empresas e instituições financeiras.
A cotação do dólar à vista reflete o valor real de mercado no momento da transação, oferecendo transparência para quem precisa fechar negócios com rapidez.
O dólar futuro corresponde a contratos de compra e venda da moeda para liquidação em uma data futura. Essa modalidade é negociada na Bolsa de Valores e ajuda empresas e investidores a se protegerem da volatilidade cambial.
Sua cotação varia conforme as expectativas do mercado em relação à economia, podendo se distanciar bastante do dólar à vista em momentos de incerteza.