Banco vê a moeda americana ainda mais pressionada à frente (Designed by/Freepik)
Redação Exame
Publicado em 17 de outubro de 2025 às 17h24.
O dólar à vista fechou a sessão desta sexta-feira, 17, em baixa de 0,69%, a R$ 5,405, após oscilar entre R$ 5,403 e R$ 5,46. Na semana, acumula queda de 1,78%, o terceiro maior recuo semanal desde junho.
A diminuição da temperatura do conflito comercial entre China e Estados Unidos, com o presidente do EUA, Donald Trump, afirmando que as tarifas elevadas impostas à China não são sustentáveis, propiciou um pregão de menos volatilidade para os mercados globais nesta sexta-feira, após o estresse da véspera.
As bolsas globais apresentaram variações de alta moderada; o Ibovespa tem valorização e o dólar desvaloriza, em um movimento de retorno a ativos de risco.
Entretanto, houve piora no sentimento de risco após novas tensões no setor bancário dos Estados Unidos. Denúncias de fraudes e perdas em bancos regionais reacenderam temores sobre a qualidade de crédito e os impactos potenciais no sistema financeiro.
"Apesar das incertezas e da discussão sobre a possibilidade de um contágio no setor de bancos médios e regionais nos EUA seguir no radar, a dissipação de tal movimento parece se limitar a este segmento", afirma Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad.
Segundo ela, balanços corporativos melhores que o esperado ao longo da semana, somados a falas dovish do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Jerome Powell, na última terça-feira, 14, ajudaram a busca por ativos de risco no pregão.
O dólar à vista é o valor negociado no mercado de câmbio para liquidação imediata, geralmente em até dois dias úteis. Esse tipo de câmbio é bastante utilizado em operações de curto prazo feitas por empresas e instituições financeiras.
A cotação do dólar à vista reflete o valor real de mercado no momento da transação, oferecendo transparência para quem precisa fechar negócios com rapidez.
O dólar futuro corresponde a contratos de compra e venda da moeda para liquidação em uma data futura. Essa modalidade é negociada na Bolsa de Valores e ajuda empresas e investidores a se protegerem da volatilidade cambial.
Sua cotação varia conforme as expectativas do mercado em relação à economia, podendo se distanciar bastante do dólar à vista em momentos de incerteza.