No Boletim Focus divulgado pela manhã, a projeção para o dólar ao final de 2025 caiu para R$ 5,99 (Designed by/Freepik)
Redação Exame
Publicado em 24 de fevereiro de 2025 às 10h02.
O dólar iniciou esta segunda-feira, 24, com queda de 0,25%, cotado a R$ 5,7196 às 9h55. A última semana de fevereiro ainda é de agenda esvaziada, mas indicadores de inflação no Brasil e nos Estados Unidos podem impactar os mercados aqui e lá fora.
No Boletim Focus divulgado pela manhã, a projeção para o dólar ao final de 2025 caiu para R$ 5,99, sendo a primeira vez que a estimativa vai abaixo de R$ 6 desde meados de janeiro. A mediana do Focus para os próximos anos, no entanto, subiu de R$ 5,90 para R$ 5,92 em 2027 e R$ 5,93 ao final de 2028.
Já a projeção para a inflação para os próximos anos aumentou. Para 2025, a projeção do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu de 5,60% para 5,65%. Para 2026, a estimativa foi elevada de 4,35% para 4,40%, indicando expectativas acima da meta oficial do Banco Central.
Qual a diferença do dólar comercial para o dólar turismo?
O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.
Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.
A cotação do dólar turismo é mais cara, pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.
Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.
O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.
A queda do dólar frente ao real traz impactos significativos para a economia brasileira. Entre os principais efeitos estão: